Abril de 2003
Todos nós gostaríamos de saber o que há dentro da Terra. Cavar um buraco diretamente para baixo parece ser a maneira mais eficaz de estudar o interior da Terra. Muitos buracos foram cavados para fins comerciais e de pesquisa. No entanto, ao cavar, apenas arranhamos a superfície da nossa Terra – literalmente. Se a Terra fosse um ovo, nem sequer conseguiríamos perfurar a casca. Na verdade, a Terra tem uma concha, chamada crosta. A crosta terrestre é dividida em muitas placas menores que deslizam muito lentamente sobre um material mais móvel ou ‘plástico’ chamado astenosfera.
O buraco mais profundo nos EUA é o poço de gás Bertha Rogers, em Oklahoma, a 32.000 pés (6 milhas) de profundidade. O poço foi interrompido porque atingiu enxofre derretido. Talvez o esforço mais conhecido para perfurar a Terra seja o Projeto Mohole (iniciado em 1961), que foi uma tentativa de perfurar a crosta terrestre no Oceano Pacífico, na costa do México, onde a crosta é rasa. Em 1966 os fundos se esgotaram e o projeto foi fechado. O objetivo era alcançar uma descontinuidade entre o manto superior e a crosta terrestre chamada descontinuidade de Mohorovicic – comumente chamada de “Moho”. O projeto ficou muito aquém do Moho, atingindo apenas 601 pés abaixo do fundo do mar em 12.000 pés de água. Onde eles estavam cavando, o Moho tem 16.000 pés de profundidade, então a equipe ficou muito aquém de seu objetivo. No entanto,
O buraco mais profundo, de longe, é um na península de Kola, na Rússia, perto de Murmansk, conhecido como o “poço de Kola”. Ele foi perfurado para fins de pesquisa a partir de 1970. Após cinco anos, o poço Kola atingiu 7 km (cerca de 23.000 pés). O trabalho continuou até que o projeto foi abandonado em 1989 porque a broca ficou presa na rocha a pouco mais de 12 km (quase 40.000 pés ou 8 milhas) de profundidade. Esse é o recorde atual para uma profundidade alcançada por humanos. A profundidade do poço do Kola é comparável com a distância em Jackson. O projeto custou mais de US$ 100 milhões, ou seja, cerca de US$ 2.500 por pé. Isso é cavar caro! Dada a tecnologia e os fundos, os geólogos gostariam de tentar ir mais fundo em busca de amostras de núcleo, mas cavar esses buracos requer muita paciência, dinheiro, tecnologia e sorte. Muita informação vem de tais buracos; por exemplo,
Por que eles pararam de cavar o poço Kola Superdeep?
A perfuração foi interrompida em agosto de 1994 a 8.578 metros (28.143 pés) de profundidade devido à falta de fundos e o próprio poço foi desativado . Por causa das temperaturas acima do esperado nesta profundidade e localização, 180°C (356°F) em vez dos 100°C esperados (212°F), a perfuração mais profunda foi considerada inviável.
A estrutura da Terra profunda é estudada hoje por meios mais indiretos. Talvez o método mais eficaz tenha sido estudar terremotos ou ondas sísmicas à medida que se movem de uma estação de detecção para outra. Estas ondas naturais permitem-nos ver o interior da Terra à medida que reagem a várias camadas, tal como os raios-x ou as ressonâncias magnéticas permitem-nos ver o interior do corpo humano.
Por que não podemos perfurar até o centro da Terra?
É a mais fina das três camadas principais, mas os humanos nunca a perfuraram até o fim. Então, o manto compõe 84% do volume do planeta. No núcleo interno, você teria que perfurar ferro sólido. Isso seria especialmente difícil porque há gravidade próxima de zero no núcleo .
Podemos cavar até o núcleo da Terra?
Não só ninguém jamais perfurou até o centro da Terra , ninguém jamais conseguiu perfurar a crosta terrestre. Na verdade, sabemos mais sobre o espaço sideral do que sobre o que há sob nossos pés ou seja a superfície da Terra! Sabemos que a Terra tem camadas. A Terra é formada por crosta, manto e núcleo.
