Dois jovens mortos e caos generalizado
Duas vidas foram brutalmente interrompidas antes mesmo do apito inicial entre Colo-Colo e Fortaleza, pela Copa Libertadores, na noite de quinta-feira (10), em Santiago, Chile. Uma jovem de 18 anos e um menino de apenas 13 morreram atropelados por uma viatura da polícia durante tumulto nos arredores do Estádio Monumental.
Testemunhas relataram que a confusão teve início quando torcedores tentaram invadir o estádio. Com o uso de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, parte da estrutura metálica cedeu, e as vítimas ficaram presas sob a grade, sendo atingidas em seguida por um veículo das forças de segurança.
Protesto, comoção e renúncia
A tragédia provocou indignação e revolta. Durante o segundo tempo da partida, torcedores do Colo-Colo invadiram o gramado em protesto, forçando a suspensão do jogo aos 70 minutos, com o placar ainda em 0 a 0. O episódio gerou uma forte reação pública e institucional. A chefe do Estádio Seguro, Pamela Venegas, renunciou ao cargo após o incidente, e o motorista da viatura envolvida foi afastado e está sob investigação.
Luto e repercussão internacional
O presidente do Colo-Colo, Aníbal Mosa, lamentou profundamente as mortes, classificando os invasores como “bandidos” e prometendo colaborar com as autoridades. Como sinal de respeito, o clube cancelou todas as atividades comemorativas do seu centenário. A Conmebol também se manifestou, prestando condolências e encaminhando o caso à sua Comissão Disciplinar, o que pode resultar em sanções ao clube chileno.
O Ministério Público do Chile segue analisando imagens e depoimentos para esclarecer as circunstâncias da tragédia. A comoção tomou conta não apenas dos torcedores, mas de toda a comunidade esportiva latino-americana.
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