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Na luta contra o câncer, torcedor de seis anos recebe atletas do Verdão no hospital

Foto: Arquivo Pessoal

Várias frases criadas e entoadas no meio do jornalismo esportivo viram senso comum ou se tornam velhas e ultrapassadas. A sentença, “nunca será só futebol” já é antiga no meio e é dita sempre quando ouvimos algo emocionante. Quando descobrimos a história de João Pedro Dal Castel, de seis anos, que foi diagnosticado com um tumor cerebral, o “nunca será só futebol” se torna ainda mais verdadeiro. Na sexta-feira (23), a criança recebeu os atletas do seu time de coração, a Chapecoense, Tiepo, Everaldo e Régis, no Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó.

Todos os dias, João deixa o município de Coronel Freitas (SC), distante aproximadamente 26km de Chapecó, acompanhado pelos pais Irineia e Everton para tratar a doença. Ele passou por uma neurocirurgia e agora, realiza radioterapia a fim de eliminar o câncer de seu corpo.

Graças a esse compromisso rotineiro, o pequeno precisou alterar alguns hábitos e costumes. Já não frequenta mais a escola e recebe em casa a professora que o auxilia com os estudos. Uma coisa, em especial João não abre mão de fazer: acompanhar os jogos da Chape e torcer, muito, pelo time do coração. Esse é o assunto preferido do menino, inclusive, que adora comentar sobre a partida com o pessoal do HRO. O entusiasmo e a alegria ao falar sobre o Verdão despertaram no médico anestesista Leonardo Ferrazzo – que acompanha o caso – a ideia de fazer uma surpresa e, como ele mesmo descreve, “deixar João sonhar acordado por alguns instantes”

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Na sexta-feira, o goleiro Tiepo e os atacantes Everaldo e Régis fizeram uma visita especial ao pequeno, que não se acanhou diante da presença dos ídolos. Perguntou sobre os jogos, sobre os gols e falou, empolgado, sobre a alegria que sentiu quando viu Tiepo defendendo pênaltis. O arqueiro – cria da base verde e branca – foi o escolhido por João no último sábado (31), quando ele foi, pela primeira vez, à Arena Condá e de quebra entrou em campo com os atletas. 


Foto: Márcio Cunha/ACF

As ações foram singelas, mas o impacto foi gigante. Para Ferrazzo, nesta altura do tratamento – bastante agressiva e debilitante – injeções de ânimo ao paciente fazem toda a diferença. Já a mãe, Irineia, falou do orgulho com que João fala sobre a surpresa que recebeu. “Para cada pessoa que nos encontra, ele conta com a maior alegria. Ele chegou em casa: ‘vó, vó, sabe quem veio me visitar hoje? os jogadores da Chape!’. Ele é apaixonado por futebol e principalmente pela Chape. A visita fez toda a diferença” afirmou.

Mesmo sem verbalizar, João também evidenciou a alegria e deixou claro, no brilho inocente e esperançoso no olhar, que cada um dos momentos simples passados junto à Chapecoense significaram a realização de um sonho; e, mais uma vez, deu a prova de que mesmo diante da impossibilidade de alterar algumas realidades, através do futebol, da solidariedade e da empatia, é possível torná-las muito melhor. 

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