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Dia 29 de novembro: Tragédia da Chape completa quatro anos


Foto: William Ricardo/ClicRDC

A Tragédia com o avião da Chapecoense completa mais um ano. Neste domingo (29), lembramos, com saudade e dor, os quatro anos do acidente aéreo que matou 71 pessoas, que estavam no avião com a delegação do clube de Chapecó, que seguia para a Colômbia disputar a final da Copa Sul-Americana de 2016, contra o Atlético Nacional de Medelín.

A madrugada do dia 29 de novembro de 2016 jamais sairá da memória de quem é amante do futebol ou tem alguma ligação com o acidente. O que parecia ser um pesadelo, se tornou real a cada notícia divulgada pela imprensa colombiana. Entre desencontro de informações e o desespero de familiares, veio a confirmação: dos 77 tripulantes a bordo, 71 faleceram. Jogadores, diretores, jornalistas, equipe técnica, tripulação e convidados.

Os seis resgatados com vida do local do acidente foram encaminhados ao Hospital San Vicente Fundación, em Rio Negro, onde iniciaram a recuperação. Durante dias, os olhos do mundo foram focados na Chapecoense, Colômbia e cidade de Chapecó.

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Campanha histórica


Foto: Reprodução/Fox Sports

No dia 25 de agosto de 2016, com o público de 1.714 pessoas, a Chapecoense estreou fora de casa na competição, na Arena Pantanal (MT), contra o Cuiabá. Com o gol do meio-campo Dakson, o time da casa venceu e trouxe a vantagem no confronto, para a partida em Chapecó. No dia 31, na Arena Condá, o Verdão reverteu a desvantagem. Com gol de Lucas Gomes e dois de Bruno Rangel, para a Chape e Douglas Mendes para o Cuiabá, o placar de 3 a 1 classificava o clube de Santa Catarina para as oitavas de final da Sul-Americana. Na próxima fase, o Verdão enfrentaria o “Reis de Copa”, maior campeão da Libertadores da América, o Independiente, da Argentina.

Nas oitavas de final, a construção do ídolo: o goleiro Danilo. No dia 21 de setembro, os Guerreiros do Verdão foram até o ‘caldeirão’ do Estádio Libertadores da América, na Argentina. Com muita força e garra, a Chape voltou para o Brasil com o empate em 0 a 0. Na semana seguinte, no dia 28, o goleiro do Verdão foi ‘canonizado’ e virou o “São Danilo”. Na Arena Condá, após um novo empate em 0 a 0, a vaga para as quartas de final foi decidida nos pênaltis. Com quatro cobranças defendidas por Danilo, a Chape fez 5 a 4 nas penalidades máximas e se classificou para a próxima fase. Nas quartas, o adversário do Verdão foi o time colombiano Junior Barranquilla.

O Verdão tentava pela primeira vez na história passar para as semifinais de uma competição internacional. Para buscar o feito histórico, a Chape foi até Estádio Metropolitano Roberto Meléndez, na Colômbia, no dia 19 de outubro, para a primeira partida das quartas de final contra o Junior Barranquilla. Com gol do atacante Escalante, o time colombiano saiu vitorioso e trouxe para Chapecó a vantagem no confronto. Na noite de 26 de outubro, a Chapecoense conseguia o feito histórico e se classificava para a semifinal da Sul-Americana 2016. Com ótima atuação e gols de Gil, Ananias e Thiego, o Verdão despachou o Junior Barranquilla. Na semifinal, mais uma vez um argentino no caminho. Desta vez, o San Lorenzo era o adversário.

A campanha construída pelo Verdão na Copa Sul-Americana de 2016 foi histórica para o clube. Chegar à semifinal de uma competição internacional já era uma conquista enorme, mas a Chape queria mais. No dia 02 de novembro, no Estádio Nuevo Gasómetro, na Argentina, a Chapecoense conseguiu um importante resultado contra o San Lorenzo. Ananias para a Chape e Cauteruccio para os argentinos fizeram do empate em 1 a 1, uma enorme vantagem para o time catarinense no jogo de volta.



Pelo gol fora de casa, o empate em 0 a 0 classificava a Chape para a tão sonhada final da Sul-Americana. Após um jogo duro, os dois times não conseguiram sair do empate, mas o lance mais emocionante ficou para o final da partida. Danilo, o símbolo do Verdão, aos 48 minutos do segundo tempo, com o pé direito decretou que o sonho, iria se tornar realidade. A Chapecoense estava classificada para a final da Copa Sul-Americana, em 2016.


Os sobreviventes brasileiros


Dos seis sobreviventes, quatro são brasileiros. O único dos três atletas que voltou aos gramados foi o lateral-esquerdo Alan Ruschel. Na atual temporada, o número 28 da Chapecoense é o capitão do elenco que lidera a Série B do Campeonato Brasileiro. Alan é um dos jogadores de confiança do treinador Umberto Louzer. Ele busca uma renovação contratual com o Time de Condá.4


Foto: Márcio Cunha/ACF

Jakson Follmann atua como Embaixador da Chape. Aos 28 anos, o ex-goleiro tornou-se exemplo de superação no dia-a-dia do clube. Atualmente, Follmann lançou um álbum próprio com músicas inéditas.


Após uma grande batalha para voltar aos gramados, Neto tornou-se superintendente de futebol da Chapecoense. Em 2020, foi um dos responsáveis por montar o elenco que busca o retorno à primeira divisão do futebol Brasileiro.

Foto: Márcio Cunha/ACF

Homenagens


Foto: Divulgação/Chapecoense

Neste ano, especialmente, por conta das limitações impostas pela pandemia, o clube precisou se reinventar e exercitar ainda mais a sensibilidade, pensando em iniciativas e ações que impactem à altura, apesar da impossibilidade de reunir as multidões que têm tanto carinho pelos nossos eternos guerreiros”, declarou a Chapecoense na divulgação da programação.

Conforme o clube, a maioria das homenagens e lembranças será singela, mas carregada de simbologia e direcionada, principalmente, às redes sociais – com exceção a ações pontuais que serão realizadas no jogo de sábado, contra o Guarani, e na Arena Condá, no domingo. 

No sábado (28), antes do jogo contra o Guarani, o time da Chapecoense entrará em campo com uma faixa em alusão aos quatro anos do acidente aéreo, reforçando, principalmente, a solidariedade e o apoio às famílias. Além disso, os atletas jogarão de branco – cor fortemente utilizada pela agremiação no mês de novembro a fim de transmitir a ideia de paz. 

Já no domingo (29), serão divulgados, nas redes sociais, uma arte e um vídeo com homenagens realizadas pelo clube. No vídeo, em especial, será divulgada uma homenagem surpresa, feita na Arena Condá, que eternizará os eternos guerreiros no palco das suas maiores conquistas. Além disso, o estádio permanecerá com som ambiente durante todo o dia e, à noite, os refletores serão acesos, num gesto silencioso, mas de muito significado e reflexão.

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