
Um início eletrizante e turbulento
A quarta rodada do Brasileirão 2025 escancarou o que há de mais intenso no futebol brasileiro: goleadas, instabilidade técnica e pressão precoce. Em apenas quatro jogos, quatro treinadores já perderam seus cargos, enquanto Flamengo e Palmeiras seguem firmes na ponta da tabela, com 10 pontos cada.
Do outro lado, gigantes como São Paulo, Grêmio e Atlético-MG amargam a zona de rebaixamento, reforçando o clima de tensão e mudança.
Goleadas e drama em campo
O Flamengo deu show no Maracanã: 6 a 0 sobre o Juventude, com destaque para Pedro, que voltou a marcar após sete meses. Bruno Henrique entrou no fim, mesmo sob suspeita de envolvimento em apostas.
O Palmeiras venceu o Inter fora de casa com gol de Facundo Torres, mantendo-se invicto. Já o Cruzeiro brilhou no Mineirão, batendo o Bahia por 3 a 0 com dois gols de Kaio Jorge, que ainda perdeu um pênalti.
O Santos superou o Atlético-MG, mas o que chamou atenção foi a saída de Neymar lesionado, chorando, após sentir dores na coxa.
Demissões e clubes em colapso
Dois técnicos caíram na quarta rodada:
- Gustavo Quinteros, após o 4 a 1 do Mirassol sobre o Grêmio
- Ramón Díaz, depois da derrota do Corinthians para o Fluminense por 2 a 0
Antes deles, já haviam sido demitidos:
- Mano Menezes (Fluminense)
- Pedro Caixinha (Santos)
É uma média altíssima, mesmo para o padrão brasileiro. Apenas quatro edições desde 2006 igualaram ou superaram essa média. Em 2010, por exemplo, foram 30 demissões em 38 rodadas.
Z4 com peso de título
O São Paulo segue sem vencer, com quatro empates, o último em 2 a 2 com o Botafogo. O Grêmio afundou na goleada para o Mirassol, e o Atlético-MG perdeu para o Santos. Os três estão no temido Z4, algo impensável para suas torcidas neste início de temporada.
Outros jogos da rodada
- Ceará 2 x 1 Vasco
- Sport 0 x 1 Red Bull Bragantino
- Vitória 2 x 1 Fortaleza
Histórico mostra padrão de instabilidade
Mesmo com quatro demissões, a edição de 2025 ainda está abaixo da média histórica de mudanças no comando. De 2018 a 2024, a média anual de trocas foi de 20 técnicos por temporada.
Demissões logo na primeira rodada são raras. Em 2025, Mano Menezes foi o primeiro a cair após a estreia.
Veja como ficou a tabela:
