Antes do jogo da Chapecoense e Brusque, um fato chamou a atenção de quem estava na Arena Condá, em Chapecó (SC) no último sábado (04). Com uma camisa branca e os dizeres “chega de agressões”, o trio de arbitragem (Árbitro: Julio Cesar Pfleger, Assistente 1: Johnny Barros de Oliveira e Assistente 2: Fabiano Coelho da Silva) da partida protestou contra a agressão sofrida pelo árbitro catarinense, Braulio da Silva Machado, no jogo entre Sergipe e Botafogo, pela primeira fase da Copa do Brasil. Conforme divulgou a Federação Catarinense de Futebol (FCF), o manifesto aconteceu em todos os jogos da 10ª do Campeonato Catarinense.
Segundo uma nota divulgada pela FCF, a arbitragem catarinense realizou o protesto para condenar e pedir uma severa punição ao presidente do Sergipe. Além disso, a Federação informou que o Sindicato dos Árbitros de Futebol (Sinafesc) e o departamento de arbitragem da FCF apoiram a manifestação, que teve a adesão de 100% dos árbitros do Estado.
O manifesto lançado pelas equipes de arbitragem é o seguinte:
“É com grande sentimento de tristeza que assistimos as cenas de violência e agressões à equipe de arbitragem.
Condenamos todos os tipos de violência praticados contra os árbitros, que ocorrem de variadas formas como ofensas verbais, xingamentos, tentativas de intimidação e até mesmo agressão física.
O esporte é um instrumento de inclusão e interação social, onde o respeito, a tolerância e a educação são seus pilares. Nada justifica um ato de agressão.
Atitudes covardes como essa não podem passar em branco e envergonham o nosso esporte.
Só quem atua na arbitragem sabe dos desafios encontrados em cada partida de futebol. São ofensas e ameaças de todos os tipos, e agora, além das ofensas e ameaças proferidas, ocorreu a agressão física.
A importância das equipes de arbitragem em competições esportivas é fundamental. Cremos que um dia o respeito, a tolerância e a educação irão se sobressair, e que fatos como este não existirão mais.
Nos solidarizamos com a equipe de arbitragem e seus familiares, desejando força e coragem para superar o ocorrido.
É obrigatório a resolução deste lamentável acontecimento e para futuras ações no sentido de promovermos o esporte, com justiça e segurança para todos os envolvidos.
Por fim, nosso apelo para que nos ajudem a manter a paz nos estádios de futebol”.