Ex-campeão do Ultimate Fighting Championship (UFC), Junior dos Santos, conhecido popularmente como “Cigano”, já é um veterano de 35 anos com mais de uma década de carreira na competição. No entanto, o lutador nascido em Caçador, ainda segue como um dos principais peso-pesado da atualidade.
No próximo dia 6 de julho, Cigano vai enfrentar o camaronês Francis Ngannou, lutador de 32 anos que, de acordo com o ranking oficial do UFC, é o segundo na lista dos melhores pesos pesados da atualidade.
O último evento realizado no país aconteceu no dia 11 de maio no Rio de Janeiro e ficou marcado pela conquista do cinturão do peso palha pela lutadora Jéssica Bate-Estaca. Não ocorreram grandes vitórias masculinas na ocasião, por isso Cigano tem um papel importante pela frente.
Confiante para a luta, que será válida pelo UFC 239 na T-Mobile Arena, em Las Vegas, o brasileiro vem provocando o camaronês e espera uma luta aberta desde o início.
“Eu acho que as pessoas esqueceram que sou reconhecido pelo meu poder de nocaute também (risos). Então posso garantir que tenho velocidade, habilidade, e a força para vencer essa luta, e eu vencerei. Todos estão falando do poder dele, do quão grande ele é, mas farei com que ele se pareça como um cara pequeno e frágil”, provocou o brasileiro.
O desafiante, conhecido como “The Predator”, tem um recorde impressionante de oito vitórias em 10 lutas no UFC. Ngannou já lutou pelo título do peso pesado em 2018, quando perdeu para Stipe Miocic. Apesar disso, ele dominou a luta contra Cain Velasquez em um confronto que aconteceu em janeiro deste ano.
Além disso, Ngannou acredita que uma vitória diante do brasileiro pode credenciá-lo à luta pelo cinturão. “Depois da última luta, pensei que iria recuperar o título, mas não aconteceu, não sei porquê. Estou muito feliz por ter a luta contra o Junior. Ele não tem o cinturão, mas todos sabemos que ele é um campeão. Nós temos reparado nele desde que ele voltou, ele parece um campeão”, disse o camaronês.
Cigano está em uma das melhores fases de sua vitoriosa carreira. Ele vem de três vitórias consecutivas, contra Blagoy Ivanov, Tai Tuivasa e Derrick Lewis, respectivamente. No seu último triunfo, o brasileiro conseguiu derrotar Lewis em um nocaute avassalador que o fez subir cinco posições no ranking. Uma conquista que foi essencial para colocá-lo de volta ao top três do peso-pesado.
A atividade de Cigano tem sido intensa. A luta contra Ngannou será em julho e completará a quarta vez que o brasileiro subirá ao octógono em um período de 12 meses.
A última vez que Cigano teve o cinturão em mãos foi no UFC 155, quando tentou defender o título diante de Velasquez. A luta, que aconteceu em 2012, foi dominada pelo americano, que tirou o cinturão do atleta catarinense. Desde então, ele tentou reconquistar o troféu mais duas vezes e perdeu ambas.
“Tenho que seguir o meu trabalho. E o cinturão, queiram eles ou não, vai acontecer. É sempre importante adicionar algo quando se vai lutar com alguém. Meu objetivo é o cinturão”, disse o catarinense após a luta contra Lewis.
Uma hipotética vitória contra Ngannou seria ótimo para as chances de Cigano. No UFC 241, Daniel Cormier vai tentar defender o seu cinturão diante de Miocic. O croata-americano desafiante, de 36 anos, está listado como o primeiro no ranking de desafiantes ao título. Caso Miocic perca e Cigano vença, o brasileiro seria o adversário mais lógico para tentar recuperar o cinturão.
“Eu já estou qualificado a lutar pelo cinturão, o que preciso é vencer quem está na minha frente no ranking. Mais uma ou duas vitórias eu acho que já devo estar lutando pelo título novamente.
Eu quero enfrentar os melhores, os melhores dos melhores”, completou Cigano. Além do atleta, Jussier Formiga, Marlon Moraes e Raphael Assunção são outros compatriotas bem colocados no ranking do UFC, que se tornou um dos principais esportes do país nos últimos anos.
Ainda assim, Cigano sem dúvida é uma das principais esperanças para a categoria masculina voltar a ter um campeão brasileiro e o futuro do atleta merece ser acompanhado por todos os fãs da modalidade.
