A Seleção Brasileira Feminina de Futsal volta à quadra neste sábado (29), às 8h30 (horário de Brasília), para enfrentar o Panamá, no PhilSports Arena, em Manila, nas Filipinas, pela última rodada da fase de grupos da primeira Copa do Mundo FIFA da modalidade. Já classificado após vencer Irã (4 a 1) e Itália (6 a 1), o Brasil busca fechar o Grupo D com 100% de aproveitamento e confirmar a liderança.
Na véspera do duelo, o técnico Wilson Sabóia elogiou a postura do time e destacou a evolução coletiva vista especialmente contra a Itália. Essa partida, segundo ele, mostrou a maturidade competitiva que a equipe vem construindo dentro do mundial.
“Primeiramente, elogiar as meninas pela postura que nós tivemos, principalmente sem a bola. A gente frisou bastante nos treinos contra a Itália que precisava ter humildade para marcar. Elas entenderam a mensagem e fizeram um jogo muito bom, principalmente sem a bola. Controlamos bem ataque e defesa, dois aspectos muito importantes no futsal.”
O Brasil chega à última rodada com um padrão de jogo evidente: defesa forte e organizada, intensidade na pressão, circulação rápida e um ataque que tem mostrado leitura e execução de alto nível. A vitória sobre a Itália consolidou o momento e ampliou a confiança para a sequência do torneio.
Panamá tenta reação; Brasil mira regularidade
O Panamá chega à partida ainda em busca dos primeiros pontos. Na estreia, sofreu a maior derrota da competição, 17 a 0 para a Itália, e depois caiu por 6 a 2 para o Irã. Apesar da diferença técnica entre as equipes, Sabóia reforçou que o foco da seleção brasileira deve permanecer apenas no próprio desempenho.
“O adversário é um mediador importante, mas nós temos que controlar o nosso jogo racional, independente de quem esteja do outro lado. Temos que entrar ligados, motivados, para fazer as movimentações que entendemos como interessantes.”
Para o treinador, mais do que vencer, o Brasil precisa sustentar o padrão apresentado até aqui.“Não adianta fazermos uma partida excelente contra a Itália e cair o nível contra o Panamá. Isso tornaria a equipe instável, e eu não gosto de equipe instável. Precisamos de regularidade, foco, concentração, poder de decisão, controle com e sem a bola. Nossa identidade não depende do adversário.”
Além da busca pela liderança, o duelo contra o Panamá serve como ajuste final antes do mata-mata. Jogadoras que ganharam minutagem na segunda rodada, como Natalinha, aumentaram o leque de opções e reforçaram o elenco brasileiro. “Nós temos que continuar crescendo na competição, elevando nosso nível de jogo”, concluiu.
