
Após dois dias de preparação intensa e direcionada, a Seleção Brasileira Feminina está pronta para a Colômbia na final da Copa América. O jogo será neste sábado (2), às 18h (de Brasília), em Quito, no Equador, no Estádio Rodrigo Paz Delgado. As duas seleções finalistas já garantiram a participação nos próximos Jogos Olímpicos, em Los Angeles, em 2028, mas agora querem a taça. Para o Brasil, a conquista pode ser o nono título em dez disputas. Para a Colômbia sair de campo com seu primeiro título, precisará também da primeira vitória sobre a Seleção no histórico deste confronto.
O técnico Arthur Elias tem reforçado nas entrevistas que a cada treino e a cada jogo, a Seleção Brasileira tem evoluído. Na coletiva de imprensa desta sexta-feira, Elias destacou que a trajetória na Copa América foi muito positiva e de crescimento. “Acho que o grupo está muito maduro. Consegui durante a competição, especialmente nesses últimos dois dias, finalizar um processo com elas. Tenho certeza que estão prontas para fazer um bom jogo” afirma.
Essa é a segunda final de uma competição oficial na trajetória do técnico Arthur Elias no comando da Seleção Brasileira. A primeira vez foi nos Jogos Olímpicos de Paris, quando o Brasil conquistou a prata depois de 16 anos. “Me sinto cada vez mais à vontade, cada vez mais motivado com essa responsabilidade de vestir a camisa da Seleção. Quero ganhar, quero o gol, quero ser campeão. Acho que o nosso ambiente, de lá para cá, melhorou muito, seja na clareza das atletas em relação ao método de trabalho e na construção coletiva junto com elas”, explica.

No retrospecto entre Brasil e Colômbia na Copa América, o Brasil tem uma larga vantagem. São seis vitórias e dois empates em oito partidas disputadas. Além disso, o Brasil soma cinco jogos sem sofrer gols contra as colombianas. Nessa edição, foram 17 gols marcados em cinco jogos. Brasil e Colômbia reeditam a final de 2022, quando a Amarelinha conquistou o oitavo título da competição.
“É um jogo grande, desafio grande, para grandes jogadoras, é sempre motivante. Então, fazer uma final contra a Colômbia é, sim, uma motivação. Existe uma rivalidade, mas uma rivalidade com muito respeito, entre todos as atletas e comissão técnica”, disse.
As duas seleções se encontraram na fase de grupos e saíram de campo com um empate sem gols. O Brasil jogou boa parte com uma a menos mas soube se impor. Um jogo que mostrou a coragem e a confiança das brasileiras, características da identidade desse grupo.
“Estou trabalhando muitas horas com a minha comissão e com os atletas para que a gente consiga fazer um grande jogo e mereça vencer um adversário forte como a Colômbia. Isso me motiva bastante: trazer essas ideias, fazer com que as jogadoras entendam e confiem muito no plano de jogo, além de transmitir mensagens importantes nesse momento de conforto, motivação, superação e palavras que fazem parte da trajetória delas, de vida”, conta.
Arthur Elias reforça que tem a responsabilidade de conduzir a equipe para que ela entre na partida com foco, confiança e determinação, para que tudo flua de forma coletiva e eficiente. “Gosto muito desse momento, e me satisfaz saber que elas estão preparadas para vencer. Dessa forma, fortalecemos o Brasil, uma equipe que não só vem conquistando vitórias e quebrando tabus, mas também precisa conquistar o título, que é fundamental para o nosso crescimento”, conclui.