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A escolha de um sonho: Diego Roncaglio e o preço de defender a Seleção Brasileira

Goleiro que é de Santa Catarina, pagou multa rescisória para disputar a Copa do Mundo e reflete sobre sacrifícios, família e a busca pelo título mundial

Diego Roncáglio durante a partida entre Brasil e Cuba na Copa do Mundo – Foto: Leto Ribas/CBF


O esporte ensina sobre determinação. Não desistir dos objetivos e sonhos. Muitas vezes Isso tem um custo alto para um atleta. O goleiro Diego Roncaglio precisou abrir mão da estabilidade de estar empregado em clube e ainda pagar uma multa rescisória para realizar um sonho de disputar uma Copa do Mundo. Roncaglio nas duas últimas temporadas esteve no Anderlecht, da Bélgica. Considerado melhor goleiro da temporada belga, ele não foi liberado pelo Anderlecht para se apresentar à Seleção Brasileira e dar início à preparação para a Copa do Mundo no Uzbequistão. Por isso decidiu pagar 20 mil euros, aproximadamente R$ 123 mil, para representar o Brasil no mundial. 

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“O presidente do RSC Anderlecht não quis me liberar para a preparação para a Copa do Mundo com a Seleção. Disse que eu precisava me apresentar dia 1 de agosto e só me liberaria dia 27. Tentei uma conversa amigável, porém sem sucesso. Meu empresário entrou em contato, a CBF entrou em contato, mas nada pode ser feito. Como eu sabia que poderia ser minha última oportunidade de jogar uma Copa, não tive dúvidas em pagar a multa contratual e deixar o clube”, explica. 

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Nascido em Blumenau (SC), Diego Roncaglio começou no futsal aos sete anos de idade, no colégio. “Um professor de educação física viu potencial numa brincadeira minha no gol, então me levou para um clube, o AD Hering. Conversamos com o treinador, Norival, que conseguiu um teste lá. Fiquei no clube até me tornar profissional e sair a primeira vez da cidade”, relembra. 

Parte do sucesso na carreira, Roncaglio atribui à família, especialmente a seu pai, Antônio. “Meu pai e minha mãe sempre me acompanharam até uma certa idade em todos os jogos. Sempre foram muito presentes na minha carreira. Meu pai sempre teve uma visão diferenciada. Ele me estimulou a aprender a jogar diferente dos outros goleiros, mais avançado, fazendo um goleiro linha. Eu comecei treinar pra desenvolver essa habilidade. Então, hoje, eu sou o que sou, tenho certeza disso, por aquele conselho que ele me deu naquela época”, reflete. 

Hoje uma das características de Roncaglio é sua habilidade de avançar para o ataque, finalizar bem e marcar gols. Essa ousadia se transformou em uma marca registrada do atleta.

Trajetória e Seleção Brasileira

A trajetória de Diego Roncaglio, que começou na cidade natal, inclui 2 anos no Jaraguá (SC), quatro temporadas no Blumenau, dois anos no Joinville e uma breve passagem no Guarapuava. Recebeu uma proposta do Kairat, do Cazaquistão, e se mudou para a Ásia Central. Foram duas temporadas até se transferir para o Benfica, de Portugal, onde ficou aproximadamente cinco anos. Foi quando estava no clube português que Roncaglio foi convocado pela primeira vez para Seleção Brasileira. 

“A minha primeira convocação foi em 2019, eu estava no Benfica, em Portugal, lembro até hoje, foi uma surpresa. Foi maravilhoso, porque foi o início de um sonho, de vestir a camisa da seleção, de representar o meu país. Fui muito feliz, foi um torneio contra a Espanha e a gente levantou até a taça lá na casa deles, o que foi mais especial para nós”, relembra.

Final Brasil x Argentina 

Enfrentar a Argentina sempre tem algo especial: a rivalidade. Não é a toa que o título mais importante da carreira do goleiro Roncaglio com a seleção foi a Copa América em 2024. A Seleção Brasileira foi campeã continental depois de vencer os argentinos por 2 a 0. 

“Ganhamos da Argentina, um título inesquecível, maravilhoso, por ser contra a Argentina, foi mais que especial, e foi o meu único título com a Seleção até então”. 

Prestes a viver uma decisão de título numa Copa do Mundo defendendo o Brasil, Roncaglio garante que foi o melhor investimento na carreira.

“Valeu muito a pena ter investido esse dinheiro e ter rescindido o contrato para poder realizar o sonho de estar na Copa do Mundo. Fizemos uma primeira fase maravilhosa e não demos chances aos adversários. A fase de quartas de final foi muito difícil contra o Marrocos, uma equipe muito forte e competitiva. E agora chegar a jogar uma final contra a Argentina, o maior clássico mundial hoje, eu acho que não tem preço que pague. Espero sair com o título para coroar a minha escolha e nossa campanha”. 

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