
O anúncio do novo salário-mínimo nacional, que chegará a R$ 1.621 em 2026 após um reajuste de 6,79%, terá impacto direto na vida de mais de 1,5 milhão de catarinenses, entre trabalhadores formais, informais, aposentados e beneficiários de programas vinculados ao piso nacional. A elevação do mínimo também deve injetar mais de R$ 2,4 bilhões na economia de Santa Catarina, ampliando o consumo e fortalecendo arrecadações estaduais e municipais, um fôlego importante para um estado em que 23% da população ocupada ganha até um salário-mínimo ou muito próximo disso.
O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, destacou o caráter inclusivo e desenvolvimentista da medida:
“É mais uma boa notícia que se soma à isenção do Imposto de Renda. O aumento, próximo de 7%, deve se refletir no crescimento dos pequenos negócios, na ampliação da renda e no avanço das políticas de inclusão”, afirmou. Segundo ele, o reajuste tem efeito direto na base da economia catarinense, altamente dependente do dinamismo dos micro e pequenos empreendimentos, responsáveis por mais de 90% das empresas do estado.
A política de valorização do salário-mínimo, retomada pelo governo federal, leva em conta dois componentes: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Em 2024, o INPC acumulou 4,18% e o PIB cresceu 3,4%, mas o novo arcabouço fiscal limita a fatia do PIB utilizada no cálculo a 2,5%. A combinação desses fatores resultou no reajuste final de 6,79%, com o valor arredondado para evitar números quebrados.
Para Santa Catarina, o impacto vai além da valorização salarial. O aumento deve movimentar expressivamente o comércio e os serviços, setores que mais empregam no Estado, e reforçar o ambiente de negócios. Estima-se também que a arrecadação vinculada ao consumo aumente aproximadamente R$ 1,3 bilhão, ajudando a sustentar investimentos públicos.
O novo salário mínimo começa a valer para pagamentos realizados a partir de fevereiro de 2026 e reforça uma tendência de ampliação do poder de compra, redução das desigualdades e estímulo ao crescimento sustentável da economia catarinense. Como resume Décio Lima, o reajuste “fortalece os pequenos negócios, amplia a renda e promove inclusão”, três pilares essenciais para o desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina.




