
Encontro urgente com o ministro da Fazenda
Em um momento decisivo para a economia do campo, autoridades do Rio Grande do Sul se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília, para negociar alternativas que aliviem o impacto das dívidas dos produtores rurais gaúchos. Os prejuízos acumulados por secas e enchentes entre 2020 e 2024 já superam R$ 106 bilhões, e novas parcelas de crédito rural vencem em 2025, somando mais R$ 28 bilhões em compromissos.
Renegociação das dívidas: o apelo do campo
Durante a reunião, o foco foi flexibilizar as regras atuais que impedem renegociações mais amplas, especialmente de operações de custeio agrícola. Representantes do Banrisul também defenderam a ampliação dos limites de atuação do banco nas renegociações. Haddad garantiu que o Conselho Monetário Nacional editará medidas nos próximos dias para viabilizar essa flexibilização.
Uso do pré-sal como esperança para o agro
A proposta mais ousada veio do setor produtivo: a destinação de recursos do Fundo Social do pré-sal, estimados entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, para reestruturação das dívidas por até 20 anos. O governo estadual apoiou a medida e formalizou a proposta junto ao Ministério da Fazenda, em uma tentativa de garantir fôlego financeiro aos produtores em colapso.
Ameaça de paralisações e urgência de medidas
Com a situação se agravando, produtores ameaçam paralisações caso não haja respostas concretas e imediatas. O governo federal, por sua vez, condicionou qualquer suspensão de cobranças à elaboração de um diagnóstico técnico sobre os prejuízos climáticos sofridos no estado. A expectativa é de que nos próximos dias sejam anunciadas decisões capazes de evitar o agravamento da crise no campo gaúcho.