
O principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o IBOVESPA, ultrapassou pela primeira vez na história a marca de 140 mil pontos nesta segunda-feira, 19 de maio de 2025. Por volta das 12h55, o indicador chegou a 140.022,15 pontos, estabelecendo um novo recorde intermediário e consolidando a tendência de alta observada desde o início do ano.
A valorização acumulada em 2025 já soma 15%, reflexo de uma combinação de fatores internos e externos. Entre os destaques, está o aumento do fluxo de capital estrangeiro, motivado por juros elevados no Brasil (com a Selic em 14,75% ao ano), ativos nacionais considerados baratos e um cenário externo mais previsível, com desaceleração da inflação nos Estados Unidos.
Outro motor da alta do índice foi o desempenho positivo de grandes empresas listadas na B3, como Vale, Petrobras, Hapvida e Natura&Co, que apresentaram resultados robustos no primeiro trimestre. Esses balanços fortaleceram a confiança dos investidores, especialmente em setores estratégicos como mineração, energia e saúde.
A melhora na percepção de risco também contribuiu para o movimento de alta. Analistas destacam que o arrefecimento das pressões inflacionárias e a sinalização do fim do ciclo de aperto monetário no Brasil aumentaram o apetite por ativos de renda variável.
Apesar do otimismo, especialistas ponderam que o Ibovespa pode passar por correções técnicas nos próximos dias, o que é comum após a quebra de resistências históricas. A XP Investimentos projeta que o índice pode chegar aos 149 mil pontos até o final do ano, enquanto outras casas de análise veem espaço para ajustes antes de uma nova rodada de valorização.
O marco de 140 mil pontos representa não apenas um número simbólico, mas também um termômetro da confiança do mercado no desempenho da economia brasileira. No entanto, os analistas alertam que a manutenção desse patamar dependerá da continuidade de resultados positivos das empresas e da estabilidade política e fiscal no país.