segunda-feira, novembro 25, 2024
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Governo encaminha projeto para aprimorar Lei de Falências

Ministério da Fazenda quer dar mais poderes a credores

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe alterações na Lei de Falências, vigente desde 2005, buscando aprimorar o processo e conferir maior rapidez às demandas falimentares. O despacho presidencial, publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (10), destaca a urgência constitucional atribuída à proposta.

A principal justificativa do projeto é ampliar os poderes dos credores, considerados os principais interessados na eficiente liquidação dos ativos de empresas inviáveis. O Ministério da Fazenda destaca que a atualização visa aprimorar a transparência nos processos de falência e modernizar a administração da massa falida.

Mesmo após a reforma de 2005, a legislação atual apresenta normativas datadas da década de 1980, resultando em processos que, em alguns casos, estendem-se por até 11 anos.

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Principais pontos do projeto:

  1. Gestor Fiduciário: Uma das mudanças significativas propostas é conceder aos próprios credores, mediante acordo, o poder de escolher um gestor para administrar a massa falida, em alternativa ao administrador judicial designado pelo juiz.
  2. Plano de Falência: Introdução do “plano de falência”, elaborado pelo gestor fiduciário e submetido aos credores. Esse plano oferece diversas opções de venda, seja de bens individuais ou em bloco, dispensando a necessidade de aprovação judicial para a venda de ativos e pagamento de passivos após aprovação pelos credores.
  3. Avaliação de Bens: Proposta para dispensar o processo de avaliação de bens, permitindo que os credores aprovem diretamente a destinação dos ativos para leilão, reduzindo o tempo médio de avaliação de cinco anos.
  4. Fila de Credores: Busca reduzir disputas e acelerar o pagamento aos credores após a venda de ativos, estabelecendo uma fila de pagamento com aprovação por maioria, sem a necessidade de concordância de todos.
  5. Recuperação Judicial: A intenção é estender à falência dispositivos similares aos processos de recuperação judicial, permitindo ao gestor fiduciário vender os bens da massa falida de maneira mais rápida e eficiente.

O Ministério da Fazenda afirma que a proposta foi discutida com o setor privado durante a Agenda de Reformas Econômicas, buscando aprimorar as regulações e promover maior eficiência ao setor produtivo. O projeto será analisado no Congresso Nacional, onde se espera que as mudanças contribuam para agilizar e modernizar o processo de falências no Brasil.

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