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Gasolina e alimentos registram aumento de preço; Entenda

Foto: Agência Brasil

A inflação em agosto neste ano foi a mais alta para o mês desde 2016, com índice de 0,24% – embora o índice tenha desacelerado em relação a junho (que teve o registro de 0,36%) conforme apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa divulgada na quarta-feira (9) aponta que os itens que mais tiveram acréscimo no valor foram a gasolina – que subiu pelo terceiro mês seguido – e os alimentos, que chegaram a registrar certa estabilidade de preços em julho, mas voltaram a subir em agosto. 

Os dados compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. No ano, o indicador acumula alta de 0,70% e, em 12 meses, de 2,44%.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que corresponde às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, apresentou alta de 0,36% em agosto. No ano, o INPC acumula alta de 1,16% e, nos últimos doze meses, de 2,94%.

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Pedro Kislanov, gerente da pesquisa, explica que o item de maior peso (4,67% do total) no IPCA é a gasolina (3,22%). Segundo ele, o registro fez com que os transportes registrassem alta de 0,82%. A segunda maior contribuição veio do grupo Alimentação e bebidas com aumento de 0,78%. 

Já no INPC – voltado para famílias de menor renda – os produtos alimentícios (alta de 0,80% em agosto) pesam mais, detalha Pedro. Ele ressaltou que os alimentos têm peso de 20,05% no IPCA e 22,82% no INPC.

Principais alimentos 

Conforme o IBGE, os itens que tiveram maior acréscimo foram o tomate (12,98%), o óleo de soja (9,48%), o leite longa vida (4,84%), as frutas (3,37%) e as carnes (3,33%). O Instituto esclarece que altas em componentes básicos da alimentação do brasileiro, como arroz e feijão, podem elevar a percepção de inflação nas gôndolas dos mercados.

“O arroz (3,08% em agosto) acumula alta de 19,25% no ano e o feijão, dependendo do tipo e da região, já tem inflação acima dos 30%. O feijão preto, muito consumido no Rio de Janeiro, acumula alta de 28,92% no ano e o feijão carioca, de 12,12%”, destaca Pedro Kislanov.

Por outro lado, a alimentação fora do domicílio (-0,11%) segue em queda, embora menos intensa que a do mês anterior (-0,29%). As peças de Vestuário (-0,78%) também apresentaram quedas, apontou a pesquisa, nos preços das roupas masculinas (-0,74%), femininas (-1,23%) e infantis (-1,46%), além dos calçados e acessórios (-0,55%).

Diminuição nos custos da educação

O IBGE aponta que a educação teve diminuição de -3,47%, já que várias instituições de ensino passaram a aplicar descontos nas mensalidades durante o período de isolamento em função da pandemia de Covid-19, em virtude da suspensão das aulas presenciais. Os preços dos cursos regulares recuaram 4,38%, mas a maior queda foi observada na pré-escola (-7,71%), seguida pelos cursos de pós-graduação (-5,84%), pela educação de jovens e adultos (-4,80%) e pelas creches (-4,76%).

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