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Em fevereiro de 2025, dívida pública brasileira atinge R$ 9 trilhões, enquanto empresas projetam aumento nas contratações


Dívida pública dispara e acende sinal de alerta

Em fevereiro de 2025, a dívida bruta do Brasil atingiu R$ 9 trilhões, o equivalente a 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse aumento de 0,5 ponto percentual em relação a janeiro foi impulsionado principalmente pelos altos custos com juros e pela emissão líquida de dívida, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

Ao mesmo tempo, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 19 bilhões, número que representa uma melhora em relação ao déficit de R$ 48,7 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior.

O resultado foi influenciado por um déficit de R$ 28,5 bilhões no governo central, compensado por um superávit de R$ 9,2 bilhões nos estados e municípios e um saldo positivo de R$ 299 milhões nas empresas estatais.

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Custo da dívida preocupa e pressiona contas públicas

O Brasil enfrenta um cenário de endividamento agravado pelas despesas com juros nominais, que totalizaram R$ 78,3 bilhões em fevereiro. Com a taxa Selic em 14,24% ao ano, aproximadamente metade dos títulos emitidos pelo governo estão atrelados a essa taxa, ampliando significativamente a pressão sobre o endividamento público.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o déficit primário acumulado foi de R$ 15,9 bilhões, o que corresponde a 0,13% do PIB. Já a dívida líquida do setor público, que desconta os ativos do governo, alcançou R$ 7,3 trilhões, representando 61,4% do PIB.

Esses dados reforçam a necessidade de políticas fiscais mais rigorosas para garantir a sustentabilidade das contas públicas a longo prazo.


Otimismo no mercado de trabalho impulsiona contratações

Em contraste com os números fiscais, o mercado de trabalho brasileiro mostra sinais de otimismo. De acordo com a Pesquisa de Expectativa de Emprego do ManpowerGroup, 48% das empresas brasileiras pretendem contratar no segundo trimestre de 2025. Esse dado representa um avanço de quatro pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

O setor de Tecnologia da Informação lidera as intenções de contratação (39%), seguido pelos Serviços de Comunicação (38%). Regionalmente, São Paulo se destaca com 50% das empresas prevendo novos postos de trabalho, enquanto o Rio de Janeiro registra 34%.


Falta de profissionais qualificados desafia expansão

Apesar do otimismo, o descompasso entre oferta e demanda de talentos preocupa. No setor de Tecnologia da Informação, 84% dos empregadores relatam dificuldade em encontrar profissionais qualificados, o que pode limitar o ritmo de crescimento.

Em termos globais, o Brasil ocupa a 12ª posição no ranking mundial de Expectativa Líquida de Emprego, com média de 26% para o período de abril a junho de 2025 — uma leve queda de 1% em relação ao trimestre anterior.


Contraste entre crescimento e vulnerabilidade

O cenário econômico atual do Brasil é marcado por um contraste expressivo: enquanto empresas projetam expansão e geração de empregos, o governo enfrenta desafios urgentes com a dívida pública crescente.

Esse quadro exige equilíbrio entre o estímulo ao crescimento econômico e a adoção de medidas que garantam o controle fiscal. A economia brasileira está diante de uma encruzilhada, e as decisões dos próximos meses serão decisivas para o futuro do país.

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