
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto executivo que oficializa uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, que já havia sido anunciada pela Casa Branca, entra em vigor no próximo dia 6 de abril, sete dias após a assinatura do decreto.
Segundo o texto, a decisão é motivada por uma “emergência nacional”, em razão de políticas e ações consideradas “incomuns” e “extraordinárias” por parte do governo brasileiro. Trump afirma que tais práticas estariam prejudicando empresas americanas, além de ameaçar a liberdade de expressão nos EUA, e impactar negativamente a política externa e a economia norte-americana.
Além dos impactos comerciais, o decreto também possui forte conteúdo político. Trump aponta como uma das razões para a medida o que classifica como “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, a quem Trump tem se aliado publicamente.
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No entanto, a medida inclui uma lista de exceções: suco de laranja, aviões, petróleo, carvão, aço e seus subprodutos, além de castanhas e outros itens, ficaram de fora da nova alíquota.
Por outro lado, produtos como carne, café e frutas — importantes nas exportações do Brasil para os EUA — não foram poupados e deverão sofrer os impactos da tarifa elevada.