A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil registrou uma queda de 3,02% em setembro, retornando ao patamar de R$ 6 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Tesouro Nacional. No mês anterior, a DPF estava em R$ 6.265 trilhões, e agora, alcançou R$ 6.028 trilhões.
Em abril deste ano, a dívida ultrapassou pela primeira vez a marca dos R$ 6 trilhões. Mesmo com a queda em setembro, o DPF permanece abaixo das projeções previstas no Plano Anual de Financiamento (PAF), que indicavam que o estoque da dívida deveria encerrar 2023 com um valor entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões .
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) teve uma redução de 3,22%, passando de R$ 6.028 trilhões em agosto para R$ 5.834 trilhões em setembro. No mês passado, o Tesouro resgatou mais títulos do que emitidos, com destaque para aqueles vinculados à Taxa Selic, resultando em um resgate líquido de R$ 243,53 bilhões, compensado em parte pela incorporação de R$ 49,7 bilhões em juros.
Segundo Agência Brasil, a emissão de títulos em setembro totalizou R$ 79.682 bilhões, o valor mais baixo desde fevereiro deste ano. Isso ocorreu devido ao alto volume de vencimentos no mês, que somou R$ 323.218 bilhões, o maior desde abril de 2021.
No mercado externo, o aumento do valor do dólar em setembro impactou o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal Externa (DPFe) aumentou 3,71%, passando de R$ 237,46 bilhões em agosto para R$ 241,78 bilhões em setembro, principalmente devido ao avanço de 1,74% do dólar no mês passado.
Atualmente, o colchão da dívida pública é suficiente para cobrir 9,5 meses de vencimentos. No entanto, nos próximos 12 meses, estão previstas vencimentos de R$ 1.349 trilhões em títulos federais. O prazo médio da DPF aumentou de 4 para 4,41 anos, estabelecendo uma maior confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar seus compromissos.
A Dívida Pública Federal é uma forma de governo captar dinheiro emprestado dos investidores e comprometer-se a devolvê-lo posteriormente, com correção.