
O mês de maio trouxe uma notícia positiva para os consumidores de Chapecó: o custo do cesto básico caiu 3,20%, segundo o Boletim do Cesto Básico divulgado pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em parceria com o Observatório Pollen. Com isso, o valor necessário para adquirir os 57 itens alimentares e não alimentares caiu de R$ 2.738,70 em abril para R$ 2.651,00 em maio, o que representa um alívio de R$ 87,70 no orçamento das famílias.
O Boletim do Cesto é coordenado pelas professoras Tatiane Mattei e Alícia Cechin e conta com equipe técnica do Observatório Pollen da Unochapecó.
A redução também impactou a quantidade de salários-mínimos necessários para custear o cesto: agora são exigidos 1,75 salários, contra os 1,80 do mês anterior. O cálculo considera o salário-mínimo de R$ 1.518,00, em vigor desde janeiro de 2025.
Queda foi puxada por alimentos e produtos de limpeza
Os itens in natura, como banana (-42,5%), tomate (-38,47%), e laranja (-35,12%), lideraram as reduções. No grupo de higiene e limpeza, o destaque foi para o sabão em pó (-25,92%) e absorvente (-32,67%). Esses produtos, segundo o relatório, são fortemente influenciados pelo clima e pela sazonalidade da produção.
Apesar da queda generalizada, alguns produtos apresentaram alta expressiva. A batata inglesa, por exemplo, quase dobrou de preço em maio (+90,44%), refletindo o impacto das chuvas que afetaram a colheita no Brasil. A carne de frango também subiu 39,13%, influenciada pela alta nas exportações e no consumo interno.
Cesta básica também ficou mais barata
A cesta básica — composta por 13 itens alimentares essenciais — apresentou queda de 7,95%, passando de R$ 637,15 em abril para R$ 586,52 em maio. Com essa redução, o consumidor chapecoense precisa de apenas 0,38 salários-mínimos para adquiri-la. Em comparação a maio de 2024, a variação é de apenas 1,61%.
Os maiores responsáveis por essa redução foram novamente os alimentos in natura e grãos. O feijão, por exemplo, teve queda nacional impulsionada pela colheita e retração da indústria. O arroz também manteve tendência de baixa.
Serviços tarifados e produtos industrializados
O grupo de serviços tarifados (água, luz e gás de cozinha) teve leve aumento de 1,42%, com destaque para a energia elétrica (+2,44%) e o gás de cozinha (+2,73%). Já os produtos industrializados apresentaram queda média de 5,62%, enquanto os semi-industrializados — como leite e iogurte — subiram 5,83%.
Monitoramento contínuo
A pesquisa, realizada mensalmente em 10 estabelecimentos comerciais de Chapecó, analisa o impacto de preços sobre famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos, conforme a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). A metodologia foi atualizada em novembro de 2024, o que permitiu maior precisão na coleta dos dados.