
Uma proposta ousada que promete mexer com os alicerces da tributação brasileira! A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) manifestou seu desejo de relatar o projeto de lei que visa ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 10 mil mensais. Atualmente, a isenção abrange rendimentos de até R$ 2.640,00. Essa iniciativa tem o potencial de transformar a estrutura tributária do país, mas também levanta questionamentos sobre sua viabilidade econômica e equidade social.
A proposta em detalhes
Durante entrevista à CNN, Bia Kicis declarou: “Eu quero ser a relatora e sugerir que a isenção seja o dobro, seja de R$ 10 mil. Para compensação, cortem despesas, parem de esbanjar, tenham uma gestão responsável, e não aumentem a carga tributária para ninguém.” Essa afirmação reflete a intenção de aliviar a carga tributária sobre a classe média e os assalariados, que, segundo ela, têm sofrido com a defasagem da tabela do Imposto de Renda.
Impacto fiscal e reações
Especialistas alertam que aumentar a isenção para R$ 10 mil poderia reduzir drasticamente a arrecadação federal, exigindo medidas compensatórias, como cortes de despesas ou a busca por novas fontes de receita. Enquanto apoiadores veem a proposta como uma forma de justiça tributária e estímulo ao consumo, críticos apontam riscos de desequilíbrio fiscal e aumento da dívida pública. A analista de Economia da CNN, Raquel Landim, destacou que essa proposta é “insustentável” e que “não há espaço fiscal para isso”.
Tramitação e disputa política
O projeto ainda está em fase inicial de tramitação na Câmara dos Deputados, mas já provoca uma disputa acirrada pela relatoria. Além de Bia Kicis, outros partidos, como o PT e o Centrão, demonstram interesse em conduzir a proposta. Essa corrida pela relatoria evidencia a importância e a popularidade do tema, especialmente em um cenário político polarizado.
Justiça tributária
A iniciativa de Bia Kicis de ampliar a isenção do Imposto de Renda para até R$ 10 mil mensais coloca em debate questões centrais sobre justiça tributária, responsabilidade fiscal e prioridades governamentais. À medida que o projeto avança na Câmara, a sociedade brasileira acompanha atenta às possíveis mudanças que podem afetar diretamente seu bolso e o futuro econômico do país.