terça-feira, abril 15, 2025
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Resgate cultural: Villagio Rossoni pulsa em Pilão de Pedra


Entre copos de vinho no bicchiere. (copo canelado), rodelas de salame frito e canto lírico italiano, inaugurou sábado, dia 05 de abril, em Linha Pilão de Pedra, Xaxim, o Villagio Rossoni, uma pousada com nove quartos e restaurante, numa casa restaurada que fora construída em 1945 pela família Petroli. Ao lado, já são registrados muitos visitantes ao Museu Rossoni, com seus colchões de palha de milho, cristaleira de época e louças que suspiram memórias de 80 décadas.

O Instituto Humaniza, da empresária Magna Tessaro, organizou o arcabouço documental para que os aportes financeiros fossem feitos. Entre os apoiadores, o SEBRAE. Cerca de 100 pessoas curtiram fatias de polenta, queijo, ‘grostolis’, namoraram guarda-roupas imponentes, luar poético esplêndido e, logicamente, muita alegria, abraços, danças e conversas sem controle de volume.

Por de trás das taças erguidas, um movimento silencioso e poderoso: o resgate da identidade cultural como eixo de desenvolvimento econômico e social. Iniciativas como o Villagio Rossoni mostram como a preservação do patrimônio material e imaterial pode se transformar em fonte de renda, turismo sustentável e fortalecimento do senso de pertencimento.

INCENTIVO À CULTURA


Magna sustenta que projetos como esse não se sustentam apenas pela boa vontade — embora ela seja essencial —, mas se viabilizam graças aos mecanismos de incentivo fiscal, como a Lei de Incentivo à Cultura. “É por meio desses instrumentos que o setor privado se torna aliado estratégico da cultura, destinando parte de seus tributos para financiar ações que preservam a história, promovem a diversidade e impulsionam a economia criativa em territórios, muitas vezes, esquecidos pelo circuito tradicional de investimentos.

Neste cenário, o papel de instituições como o Instituto Humaniza é fundamental, atuando como ponte entre o sonho de empreendedores culturais e a estruturação técnica necessária para acessar esses recursos. É um trabalho que exige sensibilidade, conhecimento técnico e visão de futuro.

O Villagio Rossoni não é apenas uma pousada: é um ato de resistência cultural, um gesto de reverência aos que vieram antes e uma aposta generosa nos que ainda virão. “Quando a cultura é compreendida como investimento — e não como gasto —, ela floresce em formas inesperadas: em guardanapos bordados, em receitas resgatadas, em sotaques preservados e em experiências que marcam a alma de quem vive e de quem visita”, sinaliza Magna.

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O presidente do Circolo Italiano, Vicenzo Mastrogiacomo, disse que 10% da população de SC possui nacionalidade italiana e que “há uma outra Itália dentro do Brasil, ou seja, 60 milhões denominados oficialmente de italianos”.

 
Que Pilão de Pedra inspire outros vilarejos, que os salames fritos abram conversas sobre políticas públicas, e que mais empreendedores encontrem no passado a centelha para inovar com propósito no presente.

Por Julmir Cecon

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