Empoderar e dar voz a comunidade indígena para que possam recontar e ressignificar a sua história, ou mesmo imaginar e inspirar o seu futuro. Esta é a pretensão das oficinas que serão ministradas em fevereiro na Escola Indígena de ensino fundamental Fen’nó na Aldeia Toldo Chimbangue, em Chapecó.
Com o foco em documentário, serão ofertadas vinte (20) oficinas, com 3 horas de duração cada uma, nas quartas feiras das 18:30 às 21:30 com as práticas nos finais de semana. “Passaremos por todas as áreas de um documentário, da fotografia à produção, da história do documentário ao roteiro, passando pelas áreas mais organizacionais, e também as mais criativas“, destaca o coordenador do projeto, Paulo Pinheiro.
As aulas iniciam dia 10 de fevereiro e os indígenas interessados devem procurar a escola para se inscrever. “A ideia é que os participantes tenham a possibilidade de experimentar esses diversos caminhos e recursos dentro do audiovisual, além de realizar na prática uma obra cinematográfica, com toda sua ontologia e significado”, explica Jandir Santin – ministrador das oficinas.
No final das oficinas será realizada um documentário de curta-duração, que será exibido na comunidade, bem como em canais da Internet e das redes sociais. O projeto foi contemplado pelo edital das linguagens 2020 da Prefeitura de Chapecó e também pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura, Edição 2020.
Este projeto pretende levar uma ferramenta de expressão e comunicação que continue com a comunidade indígena, e permita, que talvez pela primeira vez na história, ela seja a protagonista da sua própria representação, contadora e artífice da sua própria história.
