Para o Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), José Zeferino Pedrozo, a agricultura é um setor impregnado pela imprevisibilidade. Está sujeita ao clima e sofre as influências do mercado, da ocorrência de pragas e epizootias, do câmbio, da política e das crises em geral. Ser produtor rural ou empresário rural exige obstinada perseverança. É uma missão para os fortes. Somente o bom desempenho da agricultura garante a segurança alimentar, indispensável para a paz social de qualquer nação.
O recém-encerrado ano de 2022 foi repleto de crises, tendo como expoente a guerra Rússia-Ucrânia que, além da tragédia humanitária que representa, perturbou as cadeias internacionais de suprimentos com consequências em todo o planeta. Santa Catarina sentiu os efeitos em face do encarecimento de fertilizantes, defensivos e outros insumos para a agricultura.
O ano que se inicia, infelizmente, não será muito diferente: um conjunto de fatores impactará a agricultura brasileira em 2023. O conflito bélico no leste europeu prossegue sem sinais de trégua; o maior mercado para os nossos produtos agrícolas (a China) desacelerou seu crescimento; Estados Unidos e os países da zona do euro entram em recessão e eventos climáticos extremos ameaçam a produtividade e a produção de alimentos no Brasil e no Mundo.
Diante desse cenário é necessário manter e ampliar as estruturas de apoio ao setor, bem como aperfeiçoar as políticas agrícolas para que o País continue sendo uma potência mundial na produção de alimentos. A sociedade e o Governo parecem, muitas vezes, desconhecer as características e as condições em que opera a agricultura, subdimensionando a importância social e econômica da agricultura.

Cotações
- Dólar: R$ 5,12
- Saca da soja 60Kg: R$ 168,50
- Saca de feijão carioca 60kg: R$ 300,00
- Saca de feijão preto 60kg: R$ 210,00
- Saca de milho 60 kg: R$ 80,78
- Arroba do boi: R$ 300,00
- Litro do leite: R$ 6,80