Você que vai ao mercado já deve ter observado como o preço dos alimentos subiram. Embora o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de alimentos e as suas exportações alimentam cerca de 1,5 bilhão de habitantes, não são os produtores que determinam o preço desses produtos. Se dependesse deles, teríamos a alimentação mais barata do mundo.
Na pratica, o produtor é responsável apenas pelo padrão de qualidade de seus produtos. No entanto, o que define a precificação que chega à mesa do consumidor são as variáveis imprevisíveis e incontroláveis como custos, clima, mercado, entre outros.
Nesse momento as cadeias produtivas de carnes, grãos, lácteos e hortigranjeiros, por exemplo, sofrem o impacto de custos diretos, como a energia elétrica, gás, combustíveis, embalagens, matérias-primas, mão de obra e insumos.
O Brasil está fortemente exposto ao mercado de commodities, e por isso sofre impactos bastante significativos quando há abalos nos preços internacionais desses produtos de base. Diante desse quadro, muitos produtores estão trabalhando no vermelho e outros sendo forçados a reduzir a produção para diminuir o prejuízo.
É importante que nesse momento em que os preços dos alimentos estão carros, haja a compreensão que os aspectos determinantes desse encarecimento não estão centrados no produtor, mas em fatores macroeconômicos dos quais os próprios produtores sofrem os impactos.
Historicamente, a mesa dos brasileiros é farta porque a agricultura nacional produz com eficiência, qualidade, sustentabilidade e preços acessíveis. Quando esse quadro muda, não há ganho nem culpa para o produtor rural. Somente prejuízo.
Cotações
Dólar: R$ 4,88
Saca da soja: R$ 184,50
Saca de milho: R$ 84,03
Arroba do boi: R$ 340,00
Litro do leite: R$ 2,01
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