Etanol e cana-de-açúcar têm alta de preços
Após a queda nos preços de açúcar registrada nos dois primeiros meses do ano, o produto voltou a registrar valorização em março. De acordo com a conjuntura mensal sobre a cana-de-açúcar, publicada nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a alta segue o comportamento do mercado externo, em um movimento influenciado pelo aumento das cotações de petróleo. Todavia, essa elevação no cenário doméstico tende a ser limitada devido à aproximação da safra 2022/23 de cana, com perspectiva de recuperação da produção, além da valorização do real frente ao dólar.
Alta também nos preços do etanol, seguindo a valorização do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a melhora na competitividade do biocombustível em relação à gasolina. Além disso, o avanço no controle do Covid-19 também favorece a perspectiva de fortalecimento do consumo no início da safra 2022/23.
“Apesar da valorização do etanol na semana passada, segundo os dados da ANP, o preço médio do etanol ainda se mantém mais competitivo do que o da gasolina nos principais estados produtores”, pondera o analista da Companhia, Fábio Costa.
Exportações
Conforme o portal AgroLink, a venda de açúcar para o mercado externo nos onze meses da safra 2021/22 alcançou cerca de 24,5 milhões de toneladas, uma redução de 18,8% na comparação com igual período do ciclo anterior. Queda também para as exportações de etanol. No caso do biocombustível a redução chega a 41,4% no acumulado dos onze meses da safra 2021/22. De acordo com a análise da Conab, o menor volume de venda para o mercado externo é explicado pela quebra da produção na temporada e por problemas logísticos no transporte marítimo internacional.
Segundo estimativa da Companhia, a produção de cana-de-açúcar no Brasil deve ser de 568,4 milhões de toneladas na safra 2021/22, uma queda de 13,2% na comparação com a produção de 654,5 milhões de toneladas do ciclo anterior. Essa redução se deve à uma menor área cultivada aliada a uma menor produtividade dos canaviais em razão da seca e das geadas do último inverno
Observatório do Agronegócio Catarinense vai gerar informações estratégicas cruzando bases de dados da Epagri e de parceiros
Até o final de 2022 o Estado vai contar com o Observatório do Agronegócio Catarinense, uma tecnologia informacional estratégica para tomada de decisões em diferentes níveis. Na prática, trata-se de um portal na internet desenvolvido pela Epagri/Cepa que vai reunir em um só lugar dados de diversas bases, tanto da Epagri quanto de parceiros externos, oferecendo inteligência de negócios a partir de informações e indicadores.
A tecnologia, que foi apresentada à diretoria da Epagri nesta quinta-feira (31), vai integrar os bancos de dados de forma automática, permitindo ao usuário inúmeras filtragens, que vão gerar informações e permitir acompanhar o desempenho do agronegócio catarinense.
De acordo com a Epagri, na primeira etapa do projeto, que será concluída até o final deste ano, o portal disponibilizará informações em oitos grandes áreas: comércio exterior, desempenho do agro, comércio interestadual, desenvolvimento rural, produção agropecuária, infraestrutura, mercado agropecuário e políticas públicas.
Além dos dados da Epagri, a tecnologia vai reunir e cruzar informações das bases da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, da Secretaria de Estado da Fazenda, do IBGE, do Banco Central, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Ceasa, da Conab, da Cidasc e do Comex Stat, portal de estatísticas de comércio exterior.
Cotações
Dólar: R$ 4,76
Saca da soja: R$ 181,50
Saca de milho: R$ 88,00
Arroba do boi: R$ 330,00
Litro do leite: R$ 2,01
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