
A última semana viu um progresso significativo na colheita de trigo no Rio Grande do Sul, com 11% da safra já retirada dos campos até quinta-feira, (12), marcando um avanço de oito pontos percentuais em comparação com a semana anterior.
De acordo com Globo Rural, dados fornecidos pela Emater-RS indicam que uma taxa de colheita atual supera os 4% coletados no mesmo período do ano anterior e excede a média histórica de 8%.
Apesar das chuvas recentes, os triticultores gaúchos não perderam tempo e capitalizaram as breves pausas no tempo úmido para avançar com a colheita. Mesmo apresentando condições menos que ideais, a ênfase tem sido na garantia de um produto que cumpre os padrões exigidos pela indústria.
Contudo, o ritmo acelerado da colheita não diminuiu a preocupação relacionada à qualidade do trigo deste ano, prevista para sofrer com a umidade excessiva que afetou as lavouras em setembro. Problemas como polinização insuficiente e a introdução de doenças nos estágios reprodutivos da planta, consequências do regime pluvial intenso, estão contribuindo para a redução no número de grãos por espiga.
Em meio a essas falhas no cultivo, a preocupação com os preços em queda está se tornando palpável entre os produtores. Para que a cultura seja rentável, ou ao mínimo, garanta o retorno para cobrir os custos de produção, são altas produtividades.
A tensão é evidenciada pela recente queda nos preços, com a cotação média do trigo atingindo R$ 53,22, uma redução de 1,55% em relação à média de R$ 54,06 da semana passada, segundo levantamento da Emater.
Cotações:
- Dólar: R$ 5,15
- Saca da soja 60Kg: R$ 139,69
- Saca de feijão carioca 60kg: R$ 189,44
- Saca de feijão preto 60kg: R$ 228,71
- Saca de milho 60 kg: R$ 57,47
- Arroba do boi: R$ 236,15
- Litro do leite: R$ 2,26