A Organização Mundial de Saúde afirma: a obesidade é um dos mais graves
problemas de saúde. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao
redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com
obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30. No Brasil,
essa doença crônica aumentou 72% nos últimos 13 anos, saindo de 11,8% em 2006
para 20,3% em 2019.
Uma a cada quatro pessoas no país estão acima do peso, conforme dados
da pesquisa Vigitel 2023, monitoramento anual do Ministério da Saúde. Segundo o
levantamento, 24,3% dos adultos brasileiros são obesos – percentual que chega a
ser de 32,6% entre homens de 45 a 54 anos, praticamente um a cada três.
De acordo com o Atlas da Obesidade 2024, divulgado em março pela
Federação Mundial de Obesidade , até 2035, o Brasil deve ter cerca de 127 milhões
de adultos com alto Índice de Massa Corporal (IMC), o que inclui sobrepeso e
obesidade.
A obesidade (acúmulo excessivo e prejudicial de gordura corporal) é
atualmente um problema de saúde pública mundial. No Brasil, a prevalência do
excesso de peso, na última década, vem crescendo de forma alarmante, tanto em
adultos quanto em crianças, de modo que mais da metade da população se
encontra, atualmente, entre o sobrepeso e a obesidade propriamente dita.
Mais do que uma questão estética, os riscos associados a essa condição são
vastos e abrangem diversas áreas da saúde. Como destaca o médico Dr. Paulo
Ferreira, “a obesidade aumenta o risco de desenvolver uma série de doenças
graves, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo II, distúrbios respiratórios, problemas ortopédicos, distúrbios metabólicos e problemas psicológicos, como baixa autoestima, depressão e ansiedade.”
Para combater a obesidade, é essencial adotar uma abordagem abrangente
e multifacetada. O Dr. Paulo enfatiza a importância da prevenção primária, “adotar
uma alimentação equilibrada, rica em alimentos naturais, como frutas, legumes e
grãos integrais, e praticar atividades físicas regularmente, combinando exercícios
aeróbicos e de força.” No entanto, o tratamento da obesidade vai além da dieta e do
exercício físico. Os profissionais de saúde enfrentam diversos desafios ao lidar com
pacientes obesos. O médico destaca a importância de uma abordagem sensível e
empática, especialmente devido ao estigma e à discriminação enfrentados pelos
pacientes obesos. Ele ressalta ainda que a obesidade é uma condição complexa
que requer um tratamento multidisciplinar, levando em consideração aspectos
físicos, emocionais e sociais. ”É sempre importante buscar o acompanhamento de
profissionais de saúde, como nutricionistas e educadores físicos, para orientação e suporte no processo de prevenção e tratamento da obesidade. Além disso, é
possível buscar tratamentos específicos, como terapia comportamental ou
medicamentos, se necessário, mas sempre com acompanhamento médico e
combinados com mudanças no estilo de vida”, destaca.
Dr Paulo elenca alguns desafios importantes na hora de lidar com casos de
obesidade:
● Abordagem sensível: Muitas vezes, os pacientes com obesidade enfrentam
estigma e discriminação, o que pode dificultar a abordagem sensível e
empática por parte dos profissionais de saúde.
● Complexidade do tratamento: A obesidade é uma condição complexa que
envolve fatores genéticos, ambientais, comportamentais e psicológicos, o que
torna o tratamento desafiador e multifacetado.
● Adesão ao tratamento: A adesão dos pacientes ao tratamento para a
obesidade pode ser baixa devido à natureza crônica da condição e à
necessidade de mudanças de estilo de vida significativas.
● Comorbidades: Pacientes com obesidade frequentemente apresentam
comorbidades, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, o
que torna o tratamento mais complexo e multidisciplinar.
● Falta de conhecimento sobre a obesidade: Muitos profissionais de saúde
podem não ter o conhecimento adequado sobre a obesidade e suas
diferentes abordagens de tratamento, o que pode limitar a eficácia do
tratamento oferecido aos pacientes.
● Barreiras sociais e culturais: Fatores sociais e culturais, como acesso
limitado a alimentos saudáveis e falta de espaços públicos para a prática de
exercícios físicos, podem dificultar o tratamento da obesidade.
● Estigma e discriminação: O estigma relacionado à obesidade pode afetar a
autopercepção, autoestima e motivação dos pacientes, dificultando o sucesso
do tratamento e a adesão às recomendações dos profissionais de saúde.
O médico ainda comenta que a cobrança pelo bem estar físico pode ter um
impacto significativo na autoestima e na saúde mental de pessoas obesas. ”A
sociedade frequentemente impõe padrões de beleza que privilegiam corpos magros e atléticos, o que pode levar as pessoas obesas a se sentirem inadequadas, indesejadas e estigmatizadas. Isso pode contribuir para baixa autoestima, sentimentos de vergonha e culpa, ansiedade, depressão e isolamento social”.
Dr. Paulo ainda ressalta que a pressão constante para atingir um determinado padrão
estético pode levar as pessoas obesas a adotarem padrões de alimentação não
saudáveis, a se envolverem em dietas restritivas e a desenvolverem distúrbios
alimentares, como a compulsão alimentar e a bulimia. ”Esses comportamentos
podem prejudicar ainda mais a saúde mental e física das pessoas obesas”, destaca. Por isso, o médico reforça a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e coordenada, ”visando não apenas a redução do peso, mas também a melhoria da autoestima e da saúde mental, frequentemente abaladas pela pressão estética e pelo estigma social associados à obesidade”, finaliza.
Dr. Paulo Ferreira, Médico – CRM-SC 33662. Formado pela Unioeste, com Pós graduação em Bioplastia e Estética Avançada pela Unimes.
Médico Licenciado Goldincision – Tratamento avançado para celulites, tendo
recebido o Prêmio Destaque Goldincision 2023.
Atua no ramo de medicina estética com foco em Glúteos, procedimentos Íntimos e emagrecimento.
Contato: 49 99811-5511
@drpauloferreiras