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Vírus no Pix modifica transferências e gera prejuízos no Brasil

A equipe do ClicRDC conversou com advogado e especialista, Paulo Balancelli

Pix : Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Uma ameaça virtual preocupa usuários do Pix no Brasil: um novo vírus de celular que se infiltra nos aplicativos bancários e é capaz de modificar dados de transferências e gerar prejuízos. Desenvolvida por criminosos brasileiros, a tecnologia foi identificada em dezembro de 2022 e é a segunda fraude mais registrada na América Latina, segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky.

Esse golpe possibilita que cibercriminosos alterem tanto o destinatário quanto o valor da transferência, podendo esvaziar até 95% do saldo da conta em um único ataque. A infecção ocorre por meio de notificações e aplicativos falsos, frequentemente disfarçados como atualizações de aplicativos populares.

Para driblar a segurança, o vírus do Pix, conhecido como malware, explora as opções de acessibilidade do dispositivo, espionando a rotina dos usuários para identificar o momento ideal para a ação. Após o desvio, o próprio programa se autodesinstala para apagar rastros e dificultar a detecção.

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A equipe do ClicRDC entrevistou o advogado Paulo Balancelli, especialista em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Direito do Consumidor e Direitos Coletivos, que ofereceu orientações sobre como proceder se alguém cair nesse golpe.

Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Cai em um golpe, e agora?

Segundo o advogado Paulo Balancelli, a pessoa que cair em um golpe deve, imediatamente, informar seu banco, assim que perceber que o dinheiro saiu da conta. E, caso o banco não consiga resolver o problema, a pessoa deve procurar seus direitos por meio da Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) e, em seguida, via judicial.

De acordo com o advogado Paulo Balancelli, é crucial que qualquer pessoa que se veja vítima de um golpe financeiro aja prontamente. Assim que perceber que caiu em um golpe, a primeira ação deve ser informar imediatamente o banco sobre a transação suspeita e o dinheiro retirado da conta. Caso o banco não seja capaz de resolver a situação de maneira satisfatória, é recomendado buscar auxílio junto ao órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) para explorar medidas de resolução. Se nada for resolvido, a alternativa é recorrer via judicial para reaver os valores e buscar justiça diante do ocorrido.

Paulo Balancelli, advogado especializado, enfatiza a importância da prontidão ao lidar com situações de golpes financeiros. A rápida notificação ao banco ao perceber a fraude é um passo fundamental, pois permite que a instituição tome medidas para conter os danos e iniciar a investigação. Caso o banco não resolva a questão de maneira satisfatória, é aconselhável acionar o PROCON para buscar uma resolução extrajudicial. Entretanto, se todas as tentativas anteriores falharem, o caminho judicial se torna uma necessidade para recuperar o dinheiro e garantir que os direitos do consumidor sejam preservados diante dessa situação lesiva.

Como evitar cair em golpes?

A melhor forma das pessoas evitarem cair nesse tipo de golpe é cautela e atenção, além de evitarem clicar em ofertas de atualização ou download de aplicativos que cheguem por meios não confiáveis. As atualizações de aplicativos geralmente são disponibilizadas dentro do próprio aplicativo, e a fonte confiável para isso é o próprio desenvolvedor do aplicativo. Por exemplo, no WhatsApp, as atualizações são obtidas diretamente do aplicativo, exibindo indicadores de autenticidade, como um ícone ou informações reconhecíveis.

Desconfie de mensagens de pessoas desconhecidas que enviem links para atualizações ou downloads, seja no WhatsApp, no e-mail ou em qualquer outro meio. A prudência ao não clicar em links desconhecidos é fundamental para evitar se tornar vítima de fraudes desse tipo.

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