terça-feira, março 18, 2025
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Vendas de eletroeletrônicos crescem 29% em 2024, melhor desempenho na década

Do ponto de vista estratégico, o setor seguirá com uma agenda voltada à competitividade, em alinhamento com a Nova Indústria Brasil e outras políticas públicas focadas em eficiência energética

Melhor resultado dos últimos 10 anos, balanço do setor foi apresentado pela Eletros ao presidente Lula e ao vice-presidente Alckmin em Brasília

Agência Gov | Via MDIC

Vendas de eletroeletrônicos crescem 29% em 2024, melhor desempenho na década
Bruno Peres/Agência Brasil

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O segmento de ar-condicionado foi o destaque do ano, com crescimento de 38% em relação a 2023

Em 2024, a indústria brasileira vendeu ao varejo 117,7 milhões de aparelhos eletroeletrônicos, como televisões, geladeiras, fogões e aparelhos de ar-condicionado, registrando um aumento de 29% em relação às vendas de 2023. Este é o melhor desempenho do setor da última década, de acordo com o balanço da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

Os dados foram apresentados na segunda-feira (17/3) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, pelo presidente da Eletros, Jorge Nascimento.


“A boa notícia não sai só do forno. Ela sai da geladeira, da TV, da air fryer, do ventilador”, brincou o ministro ao comentar com a imprensa os dados do setor eletroeletrônico


Para Alckmin, o balanço positivo do setor eletroeletrônico é resultado do crescimento de 3,4% da economia em 2024, do aumento real dos salários e das políticas de estímulo à indústria brasileira.


“Isso reflete, de um lado, a melhora de renda da população; o emprego cresceu, a massa salarial cresceu; e a política industrial, a Nova Indústria Brasil, Depreciação Acelerada para trocar máquinas. É um setor que pode crescer mais ainda com data centers, que é produtor dos grandes equipamentos para data centers”, ressaltou o vice-presidente, que destacou os programas para que disponibilizam crédito para fortalecer a indústria nacional, como a Letra de Crédito do Desenvolvimento, o Novo Padis, Brasil Semicom, Lei do Bem e a Lei da Informática


“Empresa que quiser ser global, ela tem que estar no Brasil. Nós estamos falando de uma das maiores economias do mundo”, concluiu o ministro Geraldo Alckmin.

Crescimento em todos os segmentos

Para o presidente executivo da Eletros, o setor teve um ano de grande retomada e superação. “Os resultados alcançados, ainda que influenciados por diversos fatores, como o econômico e o climático, mostram a força da indústria nacional, sua capacidade de atender à demanda e corresponder às expectativas do consumidor, que busca produtos cada vez mais modernos, eficientes e acessíveis”, afirmou Jorge Nascimento.

O segmento de ar-condicionado foi o destaque do ano, com crescimento de 38% em relação a 2023. A produção atingiu 5,8 milhões de unidades, superando as 4,2 milhões do ano anterior.

Com aumento de 33% nas vendas, a linha portátil, que envolve cafeteiras, secadores de cabelo e ferro de passar, comercializou 80,8 milhões de equipamentos em 2024 – 19,8 milhões a mais do que no ano anterior.

As vendas de aparelhos da linha branca, da qual fazem parte fogões, máquinas de lavar e geladeiras, cresceram 17%, passando de 13,3 milhões, em 2023, para 15,6 milhões no ano passado.

O segmento de linha marrom, composto principalmente por televisores e equipamentos de áudio, cresceu 22% em relação a 2023. A produção atingiu 13,4 milhões de unidades, contra 10,9 milhões no ano anterior. Mesmo após as Olimpíadas, o setor manteve um ritmo forte de crescimento, alcançando seu maior volume em 10 anos.

Perspectivas

Até 2027, a Eletros estima R$ 5 bilhões em investimento para novos negócios do setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos e ampliação de indústrias já existentes. As projeções da Eletros para 2025 indicam um crescimento entre 8% e 10% no cenário mais otimista. Em uma visão mais conservadora, a estimativa é de um avanço médio de 5%.

Do ponto de vista estratégico, o setor seguirá com uma agenda voltada à competitividade, em alinhamento com a Nova Indústria Brasil e outras políticas públicas focadas em eficiência energética, estímulo à demanda por produtos mais modernos, modernização das linhas de produção, fortalecimento da cadeia de suprimentos, investimentos em infraestrutura logística e incentivo à exportação.

“A Eletros tem trabalhado em parceria com o Poder Público para não apenas superar desafios, mas também fortalecer a indústria nacional, reconhecendo sua importância para o setor produtivo brasileiro”, finaliza Nascimento.

Fonte: Agência Gov

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