




Cerca de 40% dos trabalhadores do Centro de Distribuição dos Correios em Chapecó aderiram à paralisação nacional convocada para esta terça-feira (29). O movimento, organizado por centrais sindicais em todo o país, tem como principal bandeira o fim da escala de trabalho seis por um — modelo em que o servidor trabalha seis dias e folga apenas um.
O odirigente sindical João Carlos Serpa, do SINTECT (Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos), conversou com o repórter Bruno Reinehr na programação da Rádio Oeste Capital e, segundo ele, a jornada atual é considerada exaustiva e prejudica a convivência familiar e o bem-estar dos funcionários. “Defendemos a redução da carga de trabalho para quatro, no máximo cinco dias por semana”, afirmou.
Além dessa pauta nacional, os trabalhadores de Chapecó também reivindicam a contratação imediata dos aprovados no concurso público realizado no fim de 2023. De acordo com Serpa, a unidade local enfrenta um déficit de mais de 15 servidores, o que tem causado atrasos constantes nas entregas.
Outra reclamação é sobre o plano de saúde oferecido aos funcionários. “Hoje é absurdamente caro e não atende às necessidades dos trabalhadores. Faltam profissionais credenciados, especialistas, clínicas disponíveis. Reivindicamos a redução das mensalidades e a ampliação da rede de atendimento”, explicou.
Na agência dos Correios da Praça Coronel Bertaso, no centro da cidade, a adesão à greve foi praticamente nula e o atendimento ao público segue normal. Já no Centro de Distribuição, o serviço de entregas pode sofrer impactos, mesmo com a manutenção de um efetivo mínimo, como exige a legislação.
A paralisação é por tempo indeterminado.
reportagem por Bruno Reinehr