quarta-feira, outubro 29, 2025
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Rombo no Cidema: ex-secretário executivo responde acusações, novas afirmações ampliam crise

Jornalismo da Condá FM conseguiu contato com Morciel de Araújo Faraum, que nega todas as alegações contra ele. Enquanto isso, novas acusações apontam irregularidades nos programas de asfalto e poços artesianos do consórcio

Foto: Divulgação

Uma segunda fonte procurou o jornalismo da Condá FM na manhã desta quarta-feira (29) para dar sua versão sobre os indícios de corrupção no Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Meio Ambiente (Cidema), que está sob auditoria após a constatação de um rombo que pode chegar a R$ 12 milhões, fruto de um esquema de corrupção. O ex-secretário executivo do consórcio, Morciel de Araujo Faraum, também se pronunciou sobre os fatos e negou as acusações feitas contra ele.

Licenciamento ambiental

De acordo com as fontes, o programa de Licenciamento Ambiental do Cidema teve início em março de 2024. Foi realizado um processo seletivo para a contratação dos analistas técnicos, e, naquele momento, o programa ainda estava em fase inicial de estruturação. Conforme relatado, a equipe precisou estruturar do zero, estudar a legislação e compreender como conduzir os processos de licenciamento.

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As fontes afirmaram que não foram percebidos indícios de corrupção relacionados ao pagamento de propina para a emissão de licenças ambientais, uma vez que a análise e a decisão sobre os processos ficavam a cargo dos concursados.

Por fim, as fontes destacaram que as irregularidades observadas no Cidema não estavam associadas ao licenciamento ambiental, mas sim a outros programas do consórcio, como por exemplo, os de asfaltamento e perfuração de poços, nos quais foram identificadas situações consideradas inadequadas.
As fontes afirmaram que, entre as denúncias apresentadas, estava a contratação de funcionários fantasmas. Segundo o relato, a esposa do então secretário executivo do Cidema, Morciel de Araujo Faraum, recebia salário sem exercer função efetiva. Além disso, o aluguel da sala localizada na Avenida Nereu Ramos, no bairro Universitário, estaria superfaturado, e o veículo do CIDEMA era utilizado para fins pessoais de alguns funcionários.

Acusações:
As fontes destacaram que o programa de Licenciamento Ambiental provavelmente era o que menos movimentava recursos financeiros entre as quatro operações do consórcio — licenciamento, asfaltamento, perfuração de poços e sanidade animal — e afirmou que permaneceram diversas dívidas com fornecedores do pro asfalto, totalizando valores milionários.

Ainda conforme levantado, quando o atual presidente do Cidema e prefeito de Cordilheira Alta, Wilson da Silva, passou a buscar informações sobre o funcionamento do consórcio, o então secretário executivo, Morciel de Araujo Faraum, teria tentado ocultar dados e documentos.

Resposta de Morciel

Um advogado de Chapecó facilitou à reportagem o contato de Morciel, que prontamente atendeu o jornalismo da Condá FM. Foram elencadas todas as acusações levantadas contra ele pelas duas fontes que procuraram a reportagem, e uma a uma, Morciel se defendeu delas:

  1. Houve um esquema de venda de licenças ambientais e de poços artesianos mediante propina no Cidema?
    Morciel: “Jamais. Desde 2016 existe o programas de poços. O município escolhe o local para perfuração, não o Cidema. Nós agilizamos o processo, não facilitamos”.
  2. O senhor exerceu pressão para emissão de licenças ambientais específicas com maior agilidade?
    Morciel: “Jamais. Cada programa tem um gerente, que é o responsável pelo monitoramento dos programas. Pode perguntar para qualquer prefeito. Tudo o que eu queria era que houvesse um processo correto e transparente”.
  3. Sua esposa era funcionária fantasma do Cidema e recebia salário?
    Morciel: “Jamais. Eu tenho um parecer jurídico de restrição em minha conta bancária. Eu só pedia para transferir meu salário para a conta dela”.
  4. O aluguel da sala na Avenida Nereu Ramos, no bairro Universitário, era super faturado?
    Morciel: “Não”.
  5. Existem muitas dívidas ficaram com fornecedores, de uma soma total milionária, podendo chegar a R$ 12 milhões?
    Morciel: “Existe sim um déficit, decorrente da disputa eleitoral do ano passado, pois muitos prefeitos perderam a eleição e não pagaram a massa de asfalto contratada via Proasfalto. As acusações contra mim nesse ponto chegam a magoar”.
  6. Valores do Cidema foram usados para o senhor presentear seu filho de 16 anos com uma moto de R$ 120 mil e um carro de R$ 300 mil?
    Morciel: “Jamais. Meu filho está bravo por causa dessa invenção. A avó dele deu o carro que está para ser utilizado quando ele completar 18 anos. Minha camionete tem cinco anos de uso. Não tenho fazenda, nem apartamentos, como apontado na primeira reportagem. Se tivesse todo esse patrimônio, não estaria mais trabalhando”.
  7. O senhor tentou esconder os problemas administrativos do Cidema do atual presidente e prefeito de Cordilheira Alta, Wilson da Silva?
    Morciel: “Jamais. Talvez o Wilson estivesse sobrecarregado, por ter recém-assumido como prefeito, mas sempre que nos encontramos, houve transparência nas relações. Se não atuasse com lisura, não teria ficado 18 anos no Cidema”.
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