Na quarta-feira (25), um avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines caiu próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão, matando pelo menos 38 pessoas e deixando 29 sobreviventes. O voo J2-8243, com origem em Baku (Azerbaijão) e destino Grozny (Rússia), desviou de sua rota original devido à neblina e enfrentou possíveis interferências externas antes do acidente.
Relatos de passageiros e tripulantes
Vários passageiros relataram ouvir estrondos durante o voo. Subhonkul Rakhimov, sobrevivente, afirmou que, após um estrondo inicial, o avião parecia descontrolado. Vafa Shabanova, outra passageira, mencionou ter ouvido dois estrondos e notou problemas de oxigenação na cabine. O comissário de bordo Zulfugar Asadov relatou três estrondos vindos da asa esquerda e uma perda de pressão na cabine.
Causas do acidente
Enquanto a Azerbaijan Airlines atribui o acidente a “interferência externa física e técnica“, fontes da investigação sugerem que sistemas de defesa aérea russos podem ter confundido a aeronave com drones ucranianos, disparando contra ela. Há indícios de que o sistema Pantsir-S, usado pela Rússia, atingiu o avião. O GPS da aeronave também foi paralisado por sistemas de guerra eletrônica.
O Kremlin, até agora, não confirma nem nega envolvimento russo, afirmando aguardar a conclusão de investigações. Autoridades russas inicialmente atribuíram o acidente a colisões com pássaros e condições climáticas adversas. Imagens da fuselagem mostram buracos na cauda do avião, corroborando a hipótese de impacto externo.
Rússia, Cazaquistão e Azerbaijão criaram comissões para investigar o acidente. Fontes dos Estados Unidos indicaram que o avião pode ter sido abatido acidentalmente por militares russos. Nenhum dos países envolvidos declarou oficialmente as causas da queda até o momento.
Resposta das autoridades e condolências
A Azerbaijan Airlines suspendeu voos para várias cidades russas, citando riscos de segurança. O presidente russo Vladimir Putin expressou condolências ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev. A Embraer lamentou o ocorrido e declarou estar apoiando as investigações.
O avião transportava 62 passageiros e cinco tripulantes, entre cidadãos do Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Quirguistão. Sobreviventes foram resgatados de uma parte intacta da fuselagem e hospitalizados. Autoridades cazaques garantiram suporte às vítimas e suas famílias e afirmaram cooperar com o Azerbaijão na investigação.
O incidente segue cercado de controvérsias, com investigações em curso e implicações envolvendo sistemas de defesa e segurança aérea na região.