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Polícia pede apreensão de terceiro jovem suspeito de planejar massacre em Suzano

Nesta quinta-feira (14), a Polícia Civil de São Paulo pediu a apreensão de um adolescente de 17 anos suspeito de participar do planejamento do massacre na escola estadual Raul Brasil em Suzano (SP). Segundo o delegado-geral, Ruy Ferraz Fontes, a polícia espera uma decisão do Juízo da Infância e da Juventude a qualquer momento.

Câmera de segurança gravou a chegada dos atiradores na escola Professor Raul Brasil, em Suzano
Foto: Reprodução

“Existe outra pessoa que teria participado do planejamento mas não podemos dar mais informações” disse Fontes.

Fontes explicou apenas que a atuação dele teria sido no planejamento da ação. Ele não esteve na cena do crime nesta quarta-feira.

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O menor tem 17 anos, foi aluno da Raul Brasil e colega de classe de Guilherme Taucci Monteiro, um dos atiradores ao lado de Luiz Henrique de Castro. Ele já foi ouvido pela polícia.

O delegado-geral apontou Guilherme como o líder do grupo que premeditou o atentado. Ele disse que a polícia tem, por enquanto, indícios de que o massacre vinha sendo arquitetado desde novembro passado.

Horas antes, em depoimento à polícia de Suzano, Éder Alves, dono do estacionamento onde os atiradores guardavam o carro usado no crime, disse que, por vezes, os dois chegavam ao local juntamente com outro jovem.  Segundo Alves, Guilherme e Luiz Henrique iam ao local acompanhados desse rapaz e pediam para deixarem o carro estacionado na vaga mais ao fundo, distante da visão da guarita do estacionamento e da rua.

— Eles me pediram para deixar o carro parado lá. Eu conhecia o Guilherme, porque ele já tinha ido várias vezes ao estacionamento quando trabalhava na locadora do tio, o Jorge. Eles deixavam carros estacionados com a gente às vezes – disse Eder, ao sair de depoimento na delegacia de Suzano.

Segundo o proprietário do estacionamento, os garotos chegaram pela primeira vez com o carro, um Ônix branco, no dia 21 de fevereiro. Até o dia 25, entraram e saíram algumas vezes com o veículo e acompanhados desse terceiro rapaz. Seria um rapaz  jovem como eles, alto e magro, segundo Eder, que não soube confirmar se ele também era aluno da escola.

“Eram sempre educados, e pagavam em dinheiro. O mais velho não sabia dirigir direito. Uma vez me ofereci para manobrar o carro e ajudar, mas não me deixaram” diz Eder.

O dono do estacionhamento diz que nunca entrou no carro. A chave não ficava no local. Do dia 25 ao dia 7 deste mês, os adolescentes deixaram o carro estacionado ali.

Nesse período, Guilherme e Luiz Henrique iam ao estacionamento na maioria das vezes à tarde, sem o terceiro  rapaz. Ficavam até a madrugada dentro do carro.

— O vigia até estranhou no começo, mas eu já conhecia o Guilherme antes, então peguei confiança, ele sempre estava lá, não despertava suspeita.  Eles perguntaram se tinha problema ficar ali, na vaga mais perto da parede. Era a de menor visibilidade da frente, ficava perto da parede. Chegavam  com mochilas e uma vez com uma sacola.

Segundo Eder, eles nunca disseram ou fizeram nada que provocasse desconfiança. Tiraram o carro do estacionamento no dia 7, menos de uma semana antes do ataque. Pagaram R$ 300. Eder ainda perguntou se eles voltariam e precisariam do estacionamento mais uma vez, e eles responderam que não. O estacionamento fica a duas quadras da escola Raul Brasil.

*Informações O Globo

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