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Mulher do Oeste que vive na Itália relata rotina após casos de coronavírus

Indiara e a família em Veneza, na Itália.
Foto: Arquivo pessoal

Após a confirmação de 14 vítimas fatais devido ao coronavírus na Itália, o país se tornou um dos centros da crise relacionada a doença. Indiara Lusa é natural de Caxambu do Sul e mora na cidade de Padova, região de Vêneto, no norte da Itália. De acordo com ela, aula nas escolas, universidades e eventos esportivos estão cancelados na cidade desde segunda-feira (24).

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Indiara, que é estudante universitária, e o marido, atleta, moram na Itália há nove anos. Juntos, eles tem uma filha de dois anos. Ela conta que a maior preocupação no momento é com a criança. “Temos muito medo por causa da nossa bebê. Mesmo que a informação é que a quantidade de crianças que morrem pela doença é mínima, a gente sempre fica com o pé atrás”, conta. 

A família está de “férias forçadas”, segundo ela, já que as atividades de todos estão temporariamente canceladas. O marido de Indiara permanece com a rotina de treinamentos, mas os jogos esportivos – que estão cancelados – devem retornar apenas em 07 de março. Ela relatou, também, que atividades festivas – por exemplo, o tradicional carnaval de Veneza – também foram canceladas. 

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Orientações do Governo

Indiara conta que as orientações de prevenção são parecidas com as repassadas em casos de gripe. “Evitar ir em lugares com aglomerado de pessoas, lavar bem as mãos, desinfetar com álcool em gel, não tocar boca, nariz, olhos…”, diz. A mudança, segundo ela, que quem suspeita estar infectado, não deve ir ao pronto-socorro: barracas montadas em frente à Hospitais e números de telefone foram disponibilizados para essas pessoas, para evitar o contágio.

Ruas vazias

Uma das grandes diferenças na cidade de Padova, de acordo com Indiara, é a ausência de movimento nas ruas. “Ônibus e metrôs, que são espaços em que a circulação de pessoas é grande, estão mais vazios”, conta. Ainda segundo ela, por conta do cancelamento de diversas atividades, a circulação de pessoas é baixa. 

Dentre as atividades mais realizadas por Indiara e sua família, estão caminhar ao ar livre e visitar um parque. Ela relata que o espaço, que é sempre cheio de crianças, ficou vazio durante a semana. “Agora que a gente começa a ver mais crianças, mas no início da semana, estava vazio”, diz.


Parque em que Indiara costuma frequentar com sua filha

Zona vermelha

As cidades da Itália que registraram os maiores focos da doença – a exemplo da região da Lombardia, também no norte, que já registrou 305 casos – são chamadas de “zona vermelha”. Isso significa, segundo Indiara, que ninguém está autorizado a entrar ou sair dos locais. 

Ainda de acordo com ela, a informação que é repassada pela população é de que como o vírus se espalha rapidamente, não há como contê-lo. Por isso, as principais medidas que são tomadas são para minimizar as contaminações, para que não haja um pico alto de pessoas doentes em um tempo muito curto e dissipar as pessoas infectadas.

Segundo Indiara, ela e a família tiveram medo no início, quando a informação sobre a doença ainda não estava clara. “A gente cogitou em deixar o local por não saber como seria a evolução disso. Cogitamos em ir até a casa de amigos que moram em locais isolados da Itália. Agora, aguardamos para ver como ficará a situação”, disse. Ela conta que a família adotou medidas de prevenção, para evitar o contágio. 

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