Sergio Moro anunciou, nesta sexta-feira (24), a saída do cargo de ministro da Justiça e da Segurança Pública. Ele irá encaminhar a carta com o pedido de demissão. A informação foi divulgada pelo ministro durante coletiva, realizada nesta manhã, no Ministério da Justiça, em Brasília.
Durante a fala, Moro destacou a importância da autonomia da Polícia Federal (PF) para o cumprimento das funções. O ministro também destacou que quando assumiu ao cargo, em 2018, recebeu – do Governo Federal -carta branca que o dava autonomia de nomeação. Ele foi o responsável por nomear Maurício Leite Valeixo, ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal
O ministro comentou sobre a exoneração Valeixo do cargo. Moro destacou que comentou com o presidente que precisava de uma causa justificável para a exoneração, o que, segundo ele, não ocorreu. Também destacou que não são aceitáveis indicações políticas na PF. Durante a fala, Moro também destacou que o governo pretende trocar outros nomes de cargos de superintendentes da instituição.
Moro ainda afirmou que soube da exoneração pelo Diário Oficial e que, em nenhum momento, assinou o decreto. Também salientou que, para ele, a exoneração mostra que o presidente Jair Bolsonaro o quer fora do cargo.
Na quinta-feira (23), já havia rumores que o ministro pediria demissão do cargo, após o presidente Bolsonaro decidir demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo. Na ocasião a informação não foi confirmada pela assessoria do ministro. A exoneração do Valeixo do cargo de diretor-geral foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira.