Juliana Kugland, residente de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, compartilhou a situação angustiante das pessoas afetadas pela enchente no estado. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ela descreveu as dificuldades enfrentadas pelas famílias, mesmo aquelas cujas casas não foram completamente inundadas.
Juliana explicou que, devido à inundação, muitas residências ficaram sem suprimentos essenciais, como água e alimentos, já que os mercados locais foram afetados e a energia elétrica está instável. “Não consigo expressar a situação de algumas pessoas afetadas pela enchente porque, na verdade, todos foram afetados”, disse ela.
Ela destacou que mesmo aqueles que conseguiram permanecer em suas casas enfrentam uma situação desesperadora. “Estou dependendo de doações, pois não temos água. Não podemos comprar no mercado, pois não há nenhum disponível. Não adianta ter dinheiro, você não consegue água”, lamentou Juliana.
Sem acesso à água potável, preparar alimentos torna-se impossível, e as pessoas estão enfrentando escassez de comida. “Tudo o que temos no estoque precisa de água, como feijão e arroz”, explicou ela.
A situação se agrava ainda mais, com relatos de saques à mão armada de suprimentos essenciais, especialmente água, devido à falta de acesso e ao congestionamento das estradas de evacuação. “As estradas estão lotadas, e passamos 10 horas em um trajeto que normalmente levaria uma hora e meia”, descreveu Juliana.
A incerteza em relação ao fornecimento de energia elétrica também preocupa Juliana, que teme ficar sem luz. “Estou com muito medo de sair na rua. É como se estivéssemos em um cenário de filme de apocalipse zumbi”, concluiu ela.
