O Brasil foi escolhido pelo Codex Alimentarius, um programa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), como foco de um estudo de caso destinado a avaliar o impacto do código de prática internacional para a prevenção de micotoxinas em cereais. Essas toxinas, naturalmente presentes, representam um desafio significativo para a segurança alimentar global.
O estudo, pioneiro nesse sentido, visa compreender as dificuldades na implementação do código internacional elaborado pelo Codex Alimentarius e analisar os efeitos positivos na redução do risco para os consumidores. Serão examinados dados nacionais sobre a ocorrência de micotoxinas no milho cultivado no Brasil, além de serem realizadas entrevistas com diversos grupos, incluindo órgãos reguladores, universidades, institutos de pesquisa e o setor produtivo, para colher perspectivas sobre os progressos alcançados e possíveis melhorias.
Farid El Haffar, representante do Codex Alimentarius, destacou que esse estudo servirá como modelo para futuras iniciativas e elogiou os esforços do Brasil no controle de micotoxinas nos cereais, especialmente a fumonisina no milho. Ele enfatizou que os resultados esperados desse estudo devem incentivar outros países a adotar as diretrizes internacionais.
A missão internacional está sendo coordenada pela Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) da Anvisa. Ligia Schreiner, gerente de Avaliação de Risco da GGALI, ressaltou a relevância desse projeto para a segurança alimentar nacional. “Estamos comprometidos em assegurar a segurança dos alimentos fornecidos à população brasileira e reconhecemos a importância dos padrões internacionais do Codex nesse processo”, afirmou.
A Anvisa compartilha da expectativa de que os resultados desse estudo não apenas beneficiarão o Brasil, mas também contribuirão para a melhoria dos padrões internacionais de segurança alimentar, garantindo produtos mais seguros e de melhor qualidade para consumidores em todo o mundo.