
Uma menina de apenas dois anos foi vítima de um ato de extrema crueldade em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. A madrasta da criança confessou ter queimado a mão dela com uma colher aquecida no fogão como forma de “castigo”. O caso ocorreu no bairro Cordeiros, na tarde da última segunda-feira (27 ).
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher teria se irritado com o comportamento das crianças sob seus cuidados e decidiu punir a enteada por riscar a parede e discutir com os irmãos. Ela aqueceu uma colher de cozinha e pressionou o utensílio quente contra a palma da mão da menina, que chorou desesperadamente de dor.
A queimadura foi tão grave que provocou o rompimento total da pele. No dia seguinte, a própria agressora enviou uma foto do ferimento ao pai da criança por mensagem de WhatsApp. Ao ver a imagem, o homem acionou imediatamente a Polícia Militar.
Ao chegar à residência, os policiais encontraram a menina com a mão enfaixada de forma improvisada. A madrasta admitiu o que havia feito e foi encaminhada à Central de Plantão Policial. Mesmo com a confissão e a gravidade das lesões, ela foi liberada cerca de uma hora depois.
Segundo informações apuradas, logo após deixar a delegacia, a mulher contratou um caminhão de frete, recolheu seus pertences e deixou a cidade. O paradeiro dela segue desconhecido.
O Corpo de Bombeiros Militar prestou os primeiros socorros à vítima, que foi encaminhada ao Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, e, posteriormente, transferida para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, devido à gravidade da queimadura. Após tratamento especializado, a criança recebeu alta e está sob os cuidados do pai, com acompanhamento do Conselho Tutelar e da assistência social.
Nas redes sociais, a suspeita mantinha publicações sobre maternidade e cuidados com os filhos. Em uma postagem feita semanas antes do crime, escreveu: “Seus filhos só têm uma mãe, então lembre-se de comer bem, dormir bem e se cuidar muito, eles precisam de você bem.” Em outra, compartilhada poucos dias antes da agressão, dizia: “Normalize deixar seus filhos contarem o lado deles da história, os adultos nem sempre estão certos.”






