quarta-feira, abril 23, 2025
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Lula demite presidente do INSS após operação da PF revelar fraude bilionária em benefícios

Descontos ilegais em aposentadorias e pensões somaram R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024; Justiça afastou seis servidores e governo suspendeu contratos com entidades

Foto: Divulgação Agência Gov

Esquema fraudulento atingiu milhares de aposentados e pensionistas

Uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União revelou um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários que movimentou R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A fraude envolvia a cobrança de valores mensais para entidades associativas e sindicais sem autorização dos beneficiários, violando a legislação vigente.

A investigação aponta que 11 entidades concentravam cerca de 80% das cobranças irregulares, que eram registradas como contribuições associativas, mas que sequer haviam sido autorizadas.


Afastamento de servidores e sequestro de bens

Como resposta, a Justiça Federal determinou o afastamento de seis servidores públicos, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Também deixaram suas funções diretores, coordenadores e até um agente da Polícia Federal.

- Continua após o anúncio -

Durante a operação, denominada Sem Desconto, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, seis de prisão temporária e sequestro de bens no valor de R$ 1 bilhão. A PF apreendeu veículos de luxo, joias, obras de arte e dinheiro em espécie.


Lula determina demissão imediata e suspensão de contratos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser informado da gravidade do caso, determinou a demissão imediata de Stefanutto e a suspensão dos contratos do INSS com as entidades envolvidas no esquema. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, reconheceu que foi o responsável pela nomeação do presidente afastado, mas defendeu o direito à ampla defesa.


Governo promete restituição e endurece combate a fraudes

A CGU suspendeu todos os acordos de cooperação técnica com as entidades citadas na investigação. O governo também anunciou que os valores descontados irregularmente serão devolvidos aos beneficiários, após análise individualizada de cada caso.

A operação é considerada uma das mais relevantes no combate a fraudes previdenciárias no país e, segundo a PF, as investigações ainda estão no início. Os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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