segunda-feira, janeiro 6, 2025
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Funcionários dos Correios estão em greve em todo o Brasil

Informações: G1

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) informou que entrou em greve em todo o país nesta segunda-feira (17). Ainda não há prazo para o fim da paralisação, informou a entidade. 

A Federação informou, ainda, que os grevistas são contra a privatização da estatal e reclamam de negligência com a saúde dos trabalhadores durante a pandemia. O comunicado também  pede para que os direitos trabalhistas sejam garantidos.

- Continua após o anúncio -

De acordo com a Federação, desde julho, os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios. Em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.

 “Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.”, diz o texto, publicado no site da Federação.

Os Correios divulgaram nota sobre a decisão da Federação :

Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.

Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.

Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

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