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Filhos cumprem desejo do pai e fazem velório em bar, com pinga e música

(Foto: Arquivo Pessoal)

Informações UOL

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Pinga, música em um bar é normal. Mas em Minas Gerais, um caso chamou atenção. Valdívio Soares Pereira de 68 anos, morreu na noite de sábado (20) e foi velado da maneira mais inusitada que você deve ter visto. Regado a bebida no bar de Maré Boa e reuniu seus três filhos, noras e oito netos, além de dezenas de amigos, vizinhos, conhecidos e admiradores do mais famoso boêmio da cidade mineira de 32 mil habitantes.

No funeral, que durou cerca de seis horas, foram servidos pinga e cerveja. A máquina de Jukebox (onde se depositam fichas para pedir músicas) do bar ficou todo o período à disposição dos presentes. Tudo de graça no dia do falecimento do proprietário.

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“A família cumpriu o seu (do pai) desejo. Ele tinha um alto astral. Nada abalava o cara”, diz o almoxarife Adriano Felipe Pereira, 48, um dos filhos de Maré Boa. “Ele sabia que ia morrer e não queria ninguém triste com isso. (…) Foram consumidos uns quatro engradados (24 garrafas de 600 ml) e uns três litros de cachaça. Não calculei quanto gastamos.”

Vivendo intensamente “Não era só com a família que ele comentava, não. Ele dizia isso pra todo mundo. Ele já estava doente, na base de remédio, e falava que queria um enterro com música e cerveja. Ele falava que não queria tristeza”, diz uma vizinha de Maré Boa.

“Meu pai viveu intensamente. E a doença (diabetes) nunca o deprimiu. Ele sempre tomava uma cervejinha, não cuidava da alimentação e comia até doce. Levava tudo na brincadeira. Sempre foi uma pessoa feliz e o maior pai do mundo”, afirma o almoxarife. Segundo ele, o pai começou a fazer o pedido de um velório no bar e regado a bebida após descobrir que tinha problemas de saúde, 15 anos atrás. Maré Boa trabalhou em casas noturnas, restaurante e bares e foi taxista em Belo Horizonte. Casado por 40 anos, após a separação, mudou-se para Barão de Cocais, onde abriu o bar. Tinha o apelido de Maresia desde a infância, que ele mesmo mudou para Maré Boa depois de adulto, após uma autoavaliação de sua personalidade, explica o filho.

Na noite da quinta-feira (18), o comerciante começou a passar mal e foi levado pelo neto que o acompanhou no último ano de vida, o estudante Guilherme Felipe Pereira, 20, o Marezinho, para um hospital do município. Com uma parada cardíaca, Maré Boa foi transferido para um outro hospital, em Itabira (MG), município vizinho a Barão de Cocais, mas não resistiu e faleceu.

O corpo do boêmio foi cremado em Belo Horizonte. As cinzas serão levadas à igreja, que ainda não foi definida, para a missa de Sétimo Dia. Depois da celebração católica, as cinzas serão colocadas em uma estante do boteco, ao lado de uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida, santa de devoção de Maré Boa. Outro pedido atendido pela família

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