quinta-feira, novembro 28, 2024
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Faesc preocupada com escassez do milho

Presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, expressou sua crescente preocupação com a escassez de milho no estado, um insumo crucial para as cadeias produtivas da avicultura, suinocultura e bovinocultura leiteira. A produção de milho em Santa Catarina tem declinado continuamente, o que levanta preocupações significativas sobre o impacto econômico no estado.

Santa Catarina é lar de um dos parques agroindustriais mais avançados do Brasil, impulsionado pelas avançadas cadeias produtivas da avicultura e suinocultura. Essa estrutura econômica gera riqueza, sustentando empregos diretos e indiretos e contribuindo para um movimento econômico significativo. A produção de milho é essencial para sustentar essa indústria.

No entanto, o milho em Santa Catarina tem enfrentado uma redução constante ao longo dos anos. Em 2005, havia 106 mil produtores rurais no estado cultivando 800 mil hectares de milho e colhendo entre 3,8 e 4 milhões de toneladas. Ao longo dos anos, a área plantada tem diminuído gradualmente, com 320 mil hectares dedicados ao milho comercial e 220 mil hectares destinados ao milho silagem em 2023.

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A produção de milho deverá variar entre 2,8 milhões e 3 milhões de toneladas, com uma previsão de redução de 5% na área plantada e na produção para a próxima safra (2023/2024). Isso se deve à diminuição no uso de fertilizantes e outros insumos na produção de milho.

O consumo de milho pelas indústrias de aves e suínos em 2024 deve estar entre 7,5 e 8 milhões de toneladas, tornando a importação de pelo menos 5 milhões de toneladas de milho uma necessidade.

Pedrozo enfatiza que “a escassez de insumos resulta em custos mais altos para os produtores rurais e para as agroindústrias, o que, por sua vez, torna os alimentos mais caros para o consumidor.” Ele propõe uma discussão entre produtores, criadores, agroindústrias e o governo para analisar alternativas que reduzam a histórica escassez de milho.

A Faesc apoia a construção de uma ferrovia que ligue Chapecó (SC) a Cascavel (PR), conhecida como Nova Ferroeste, que poderia permitir a transferência do milho do centro-oeste brasileiro para Santa Catarina. A federação também apoia a construção de uma ferrovia leste-oeste, ligando a região produtiva ao litoral catarinense.

“Alcançar a autossuficiência em milho em Santa Catarina é uma meta desafiadora, mas podemos garantir o suprimento, trazendo milho do centro-oeste com o apoio da ferrovia,” concluiu Pedrozo.

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