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Ex-presidente do TCE/SC, do IRB e da Atricon Salomão Ribas Junior morre aos 79 anos

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Foto: Divulgação/Tribunal de Contas de Santa Catarina

Com profundo pesar, o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) lamenta o falecimento do conselheiro aposentado e ex-presidente Salomão Ribas Junior, ocorrido neste domingo (15), em Florianópolis, aos 79 anos. “O TCE/SC e o Estado de Santa Catarina perdem uma referência. Salomão Ribas Junior foi um intelectual brilhante e uma personalidade que trazia, na extrema competência e na cordialidade, duas de suas principais marcas”, expressou o presidente do TCE/SC, conselheiro Herneus De Nadal.   

A família do ex-presidente do TCE/SC Salomão Ribas Junior, falecido na noite deste domingo, informa que o velório será realizado nesta segunda-feira, dia 16, das 19h às 22h, no Cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis.

“À frente da Corte de Contas Catarinense, o conselheiro Salomão implantou uma gestão dinâmica e inovadora, ajudando a colocar o Tribunal como referência no sistema de contas brasileiro e, até mesmo, no exterior”, enfatizou o presidente, ao transmitir, à família e aos amigos, solidariedade, em nome de todos os integrantes do Tribunal de Contas. 

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O vice-presidente do TCE/SC, conselheiro José Nei Ascari, enalteceu o trabalho de Ribas Junior. “Apesar de não ter tido o privilégio de conviver no Tribunal com o conselheiro Salomão, por onde circulo hoje, no TCE/SC, encontro o seu legado, seja nos projetos por ele implementados ou nas conversas com os membros e servidores que com ele conviveram. Seu extraordinário legado ficará eternizado”, disse Ascari.  

A causa da morte do conselheiro, segundo familiares, foi uma parada cardiorrespiratória, ocorrida em sua casa. Em função do falecimento do conselheiro Salomão Ribas, a sessão extraordinária de eleição da nova administração do TCE/SC, que estava marcada para esta segunda-feira, foi adiada para o dia 25/9. 

Manifestações 

A trajetória do conselheiro aposentado foi enaltecida pelos demais membros do TCE/SC. O conselheiro Wilson Rogério Wan-Dall manifestou pesar pelo falecimento. “Sua trajetória marcante no Tribunal de Contas de Santa Catarina é exemplo de dedicação, ética e compromisso com o serviço público. Sua passagem deixou um legado inestimável pela visão estratégica e pela sua busca incessante pela melhoria da administração pública. Ele será sempre lembrado por sua sabedoria, serenidade e respeito”, assinalou o supervisor da Ouvidoria do TCE/SC. 

O conselheiro Luiz Roberto Herbst afirmou que, “dentre as atribuições profissionais exercidas ao longo da vida, Salomão Ribas Junior foi conselheiro deste Tribunal de Contas e desenvolveu essa função com tamanha dedicação e comprometimento que sempre fará parte da história e da essência desta Corte de Contas”. Herbst comentou que o conselheiro Salomão era “detentor de conhecimento inigualável acerca da gestão pública e de uma oratória magnífica, honrando a todos os seus colegas, amigos, familiares e a própria Instituição no exercício das suas atividades”.  Disse ainda sentir-se “consternado pela perda desse colega, mas honrado pela oportunidade de ter participado, aprendido e dividido esses anos de convivência com o amigo”. 

O conselheiro Luiz Eduardo Cherem também destacou a contribuição deixada pelo conselheiro aposentado. “O Dr. Salomão nos deixa um legado ímpar. Uma pessoa com histórico de desafios e vitórias, seja no campo pessoal ou no profissional”, frisou Cherem, que lembrou ainda sua atuação no Sistema Tribunal de Contas nacional e internacional: “um dos grandes responsáveis pela formação do Instituto Rui Barbosa (IRB) e pela internacionalização dos nossos TCs. Conhecedor, articulado e exemplo para todos nós. Um conselheiro completo”. 

O conselheiro Aderson Flores rendeu “homenagens ao ser humano fora da curva e grandioso que foi o conselheiro Salomão, com quem tive o privilégio de conviver e aprender no plenário de nosso Tribunal” e estendeu suas condolências à família “neste momento de inestimável perda”. 

Para o conselheiro substituto Gerson dos Santos Sicca, “Santa Catarina perde um de seus maiores intelectuais, com grande contribuição para as Letras, o Direito e a Educação do Estado”. Sicca salientou que o conselheiro Salomão também deixou sua marca no TCE/SC e no sistema de controle público brasileiro, “mediante sua liderança, conhecimento técnico e compromisso com a boa gestão dos recursos públicos”.  

O conselheiro substituto Cleber Muniz Gavi comentou que “algumas pessoas, pela sua grandeza, nos criam a ilusão de serem eternas. Assim o fez o conselheiro Salomão, cuja sabedoria e cultura ultrapassavam limites”. Gavi complementou que as contribuições do conselheiro Salomão “enriqueceram diversas áreas e constituem um infindável rol de feitos para o aprimoramento do controle das contas públicas e para o fortalecimento dos Tribunais de Contas”.  E que “sua perda é irreparável, mas sua história e seu talento permanecem como referência e inspiração”. 

A conselheira substituta Sabrina Nunes Iocken expressou pesar pela “despedida de um grande homem, cujo conhecimento, sabedoria e dedicação ao sistema de controle externo marcaram uma trajetória reconhecida em todo o país”. Ressaltou que o legado de Salomão vai além de suas realizações profissionais, “pois ele nos deixou um exemplo de retidão, integridade e amor pela cultura”. Lembrou do apoio recebido do conselheiro Salomão quando de seu ingresso na Corte de Contas e que “sua paixão pela leitura e a forma como transmitia e compartilhava seu conhecimento serão sempre uma fonte de inspiração e de aprendizado para todos nós”. 

O Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (MPTC/SC), Diogo Ringenberg, lamentou o falecimento do conselheiro aposentado. “Os órgãos de controle externo perdem um dos seus grandes expoentes, com atuação destacada no exercício da jurisdição de contas e no campo acadêmico. Com uma trajetória brilhante, marcada pela extrema competência e dedicação, Salomão Ribas Junior deixa um legado de importantes iniciativas voltadas ao aprimoramento e ao fortalecimento da gestão pública. Meus sinceros sentimentos à família e aos amigos”, afirmou.

A Procuradora-Geral Adjunta do MPTC/SC, Cibelly Farias, ressaltou que Salomão Ribas Junior “foi um grande exemplo de dedicação ao serviço público e à cultura catarinense. Com uma carreira pautada pela ética, ele se tornou uma das maiores referências no sistema de controle externo. Sua contribuição à Literatura e ao Jornalismo deixam um legado de sabedoria e compromisso social. Que sua memória permaneça viva como um modelo de liderança e humanidade”. 

O Procurador de Contas Sérgio Ramos Filho também destacou a carreira do conselheiro aposentado. “Com extensa lista de serviços prestados ao Estado e à cultura, o Conselheiro Salomão Ribas Júnior legará o exemplo do cidadão comprometido com o bem comum e a causa pública. Meus sentimentos à família e aos amigos.” 

Trajetória no TCE/SC e no Sistema de Contas
Salomão Ribas Junior foi indicado conselheiro do TCE/SC pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 21/8/1990 e tomou posse na Corte de Contas catarinense em 28/8/1990. Foi presidente da Instituição de 1º/1/1995 a 31/12/1996; de 1°/1/1999 a 1°/2/2005; e de 1º/2/2013 a 30/6/2014. Também assumiu os cargos de vice-presidente (1991-1993) e corregedor-geral (2011-2012). 

Exerceu ainda funções nas instituições nacionais e internacionais de controle externo, sendo secretário-executivo da Associação de Entidades Oficiais de Controle Público do Mercosul — Asul (1997-1999); vice-presidente regional da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil — Atricon (2003-2005); presidente do Instituto Rui Barbosa (2006-2009) e da Atricon (2010-2011). 

Aposentou-se em 30/6/2014. 

Sua vida  

Salomão Ribas Junior nasceu em Caçador (SC), em 24 de abril de 1945. Filho de Salomão Antônio Ribas e Olinda Ribas, foi casado com Carlota, com quem teve dois filhos: Ricardo e Marcel. Deixa três netos: Sabrina, Antônio e Amanda; e as noras Giselle e Gisele.  

Advogado, escritor, jornalista e radialista. Doutor em Aspectos Jurídicos e Econômicos da Corrupção pela Universidade de Salamanca, na Espanha; era bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense; jornalista e escritor. 

Atividades no serviço público: 

Senado Federal: assessor parlamentar do senador Antônio Carlos Konder Reis (1967-1974). 

Governo Federal: assessor-chefe de Gabinete do ministro da Indústria e Comércio e chefe do Departamento de Administração do Conselho de Desenvolvimento Industrial do Ministério da Indústria e Comércio (1971-1974). 

Assembleia Legislativa: deputado estadual (1983-1987); suplente convocado (1987-1991); presidente da Comissão de Sistematização da Constituinte Estadual (1988-1989). 

Governo do Estado: secretário de Educação (1975-1977) e da Casa Civil (1977-1979); secretário interino para Assuntos de Imprensa (1977), da Saúde e Promoção Social (1978), de Cultura, Esporte e Turismo (1985-1986); consultor-geral (1979-1980); vice-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (1980-1982); participou dos Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Social, de Desenvolvimento Econômico, de Tecnologia e Meio Ambiente (presidente), de Educação, e de Cultura (1977-1982). Outras funções: trabalhou na Rádio Caçanjurê, em Caçador (SC), na Rádio Independência, em Curitiba (PR), na Rádio Cultura, em Joinville (SC), nas emissoras Anita Garibaldi, Diário da Manhã e RBS-TV, em Florianópolis (SC), e na Rádio Nacional, no Rio de Janeiro (RJ); membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, da Associação Catarinense de Imprensa e do Instituto de Direito Administrativo do Estado de Santa Catarina; presidente da Academia Catarinense de Letras (2014-2018); presidente, em Santa Catarina, da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (1975-1982). 

Obras publicadas: Educação em Debate (1976); O Povo no Poder (1977); Considerações sobre a Reforma Tributária (1983); O Velho da Praia Vermelha e Outros Contos (1993); Uma Viagem a Hessen (1996); Retratos de Santa Catarina (1998); Corrupção Endêmica: os Tribunais de Contas e o Combate à Corrupção (2000); Ética, Governo e Sociedade (2003); e Participação e Transparência: 30 anos da Constituição do Estado de Santa Catarina (2019). 

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