Há dois anos, o Brasil se despedia de uma estrela e a música brasileira perdia precocemente uma das artistas mais conhecidas da sua geração. No dia 05 de novembro de 2021, a ‘Rainha da Sofrência’, Marília Mendonça, na época com 26 anos, morreu em um acidente aéreo, em uma cachoeira do distrito de Piedade de Caratinga, no município de Caratinga, em Minas Gerais. Além de Marília, morreram no acidente Henrique Ribeiro (produtor), Abicieli Silveira Dias Filho (tio e assessor da cantora), piloto e copiloto da aeronave.
“Há dois anos a sofrência ganhou um novo significado em nossas vidas. E junto com a saudade o amor se fez ainda maior. Nossa eterna rainha”, escreveu a página oficial de Marília Mendonça no Instagram.
Mesmo após sua morte, a eterna ‘Rainha da Sofrência’ segue sendo um fenômeno e lembrada pelos fãs. Marília foi a segunda artista mais ouvida do Brasil em 2021. Em 2022, ficou 28 semanas no 1º lugar do Spotify nacional, sendo 17 semanas consecutivas. Em 2023, a artista permanece dentro da playlist “Top 50 Brasil”, que mostra as 50 músicas mais tocadas no país.
Outro fato histórico da cantora, foi em janeiro deste ano. A música ‘Leão’, do projeto Decretos Reais, se tornou a primeira canção em língua portuguesa da história a atingir 1,9 milhões de reproduções em apenas um dia. Em maio, Marília Mendonça se tornou a primeira brasileira a alcançar 10 bilhões de reproduções no Spotify.
Avião de Marília Mendonça caiu por causa de negligência, diz Polícia
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que negligência e imprudência foram as causas da morte de cinco pessoas, incluindo a cantora Marília Mendonça, em um acidente aéreo no dia 5 de novembro de 2021. Ficou evidenciada a prática de homicídio culposo por parte do piloto e do copiloto da aeronave, mas o inquérito foi arquivado devido ao falecimento dos dois no acidente.
Relatório final do Cenipa indica o que provocou a queda do avião com a cantora Marília Mendonça
Para chegar a essa conclusão, a Polícia Civil descartou outras hipóteses que teriam motivado o acidente. O laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) descartou qualquer problema técnico na aeronave, e o Instituto Médico Legal negou problemas de saúde nos pilotos, como um mal súbito. Também foi descartado um eventual atentado.
No dia do acidente, a aeronave se chocou com uma torre de transmissão de energia que não era sinalizada. Segundo a Polícia Civil, a sinalização não era obrigatória por causa da altura das torres e da distância que ela está da zona de proteção do aeroporto.
Segundo o delegado de Caratinga, Ivan Lopes, os manuais da aeronave determinavam que os pilotos observassem previamente a proximidade de morros e antenas. “Era um dever de quem comandava a aeronave ter feito essa análise prévia”, disse Lopes. O delegado acrescentou que havia cartas aeronáuticas que possibilitariam aos pilotos identificar torres no local.