
O Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior da América Latina, viveu momentos de caos na noite de quarta-feira (11), quando a presença de drones na cabeceira da pista forçou a interrupção de pousos e decolagens por quase duas horas. O impacto foi imediato: dezenas de voos foram desviados, cancelados ou atrasados, e passageiros relataram mais de 40 horas de viagem e falta de assistência.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 20h30, após funcionários do aeroporto avistarem três pessoas operando seis drones em área restrita. Às 22h45, ainda havia drones sobrevoando a pista, o que motivou o reforço no patrulhamento. Ninguém foi preso até o momento, mas a suspeita é de que os equipamentos estariam monitorando voos ligados ao tráfico de drogas.
A GRU Airport, concessionária responsável pelo terminal, confirmou a paralisação temporária por segurança e acionou imediatamente as autoridades.
Entre as companhias aéreas afetadas, a LATAM teve mais de 20 operações impactadas e afirmou ter prestado suporte conforme as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A GOL cancelou dois voos e alternou outros dez para aeroportos próximos, como Viracopos (Campinas), mas diz ter conseguido retornar com parte das aeronaves a Guarulhos após reabastecimento.
A Azul também relatou alterações: o voo AD2774, de Cuiabá para Guarulhos, pousou em Ribeirão Preto antes de retornar à capital paulista; já o AD6073, vindo de Belém, foi desviado para Viracopos, onde os passageiros desembarcaram.
Em comum, as companhias alegam que todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança, embora os relatos de passageiros apontem falta de alimentação, assistência e informações claras durante a crise.