Neste dia 24 de outubro, celebramos o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, uma data importante para destacar os esforços globais na erradicação desta doença debilitante. A Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, já foi uma epidemia global, mas graças a campanhas de vacinação em massa e à dedicação de profissionais de saúde em todo o mundo, conseguimos controlar a disseminação da doença.
A poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus, que é transmitido através de fezes ou secreções de pessoas infectadas, independentemente de serem sintomáticas ou não. Nos casos graves, nos quais ocorrem paralisias musculares, os membros inferiores são geralmente os mais afetados, mas os músculos respiratórios também podem ser comprometidos, levando ao óbito.
Os avanços na erradicação da poliomielite têm sido notáveis desde o início da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI) em 1988, com uma diminuição significativa nos casos da doença. No entanto, ainda existem áreas em alguns países onde a poliomielite persiste, tornando essencial a manutenção dos esforços até que a doença seja completamente erradicada.
No entanto, Fabiana Funk, especialista em vacinas da Prevenção Vacinas Chapecó e presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), alerta que nos últimos anos tem ocorrido uma redução na cobertura vacinal. O último ano em que a cobertura vacinal entre crianças menores de 1 ano atingiu o patamar mínimo de 95% foi 2015. Desde então, os números vêm caindo progressivamente, chegando a apenas 70% em 2021.
Segundo a especialista, a imunização ainda é a única maneira eficaz de prevenir a poliomielite, já que mesmo as pessoas infectadas sem sintomas podem transmitir o vírus, contaminando a água e os alimentos.
Fabiana destaca que esta data é uma oportunidade para reconhecer o árduo trabalho e dedicação de todos os profissionais que se esforçam incansavelmente para vacinar crianças em todo o mundo. Também é um momento para enfatizar a importância contínua da vacinação e o compromisso de alcançar um mundo livre da poliomielite. “O envolvimento e o apoio do público desempenham um papel fundamental na luta contra a poliomielite”, conclui.
