
Informações G1
No dia 5 de novembro de 2015, uma tragédia em Mariana soterrou o Distrito de Bento Rodrigues. Foram 40 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos de minério que destruíram a cidade.
A lama percorreu quilômetros até o mar, provocou a morte de 19 pessoas, contaminou o Rio Doce, mudou a vida de 500 mil habitantes das mais de 40 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo que foram atingidas pelo vazamento. Assim, se tornou o maior desastre ambiental da história do país.
A Samarco, que era a dona da barragem e suas controladoras, a Vale e a BHP, tratam o rompimento como acidente. Já o Ministério Público, vê isso como crime.
Três anos depois e muito pouco foi feito para reparar as perdas das vítimas e o estrago ao meio ambiente. Ninguém foi preso e o processo ainda não tem data para julgamento.
Como foi possível acontecer tudo de novo?
De acordo com uma reportagem exibida no programa Fantástico da Rede Globo, no domingo (27), a estrutura que se rompeu em Brumadinho é uma barragem a montante, o mesmo tipo da barragem de Fundão, em Mariana, e de outras que estouraram em Minas Gerais nos últimos 30 anos.
A elevação delas, ou alteamento, é feito com o próprio rejeito, na direção da barragem. Um método mais comum e mais barato, mas perigoso.
Já pelo lado da economia, Minas Gerais enfrenta a pior crise fiscal de sua história. Mas um economista alerta que, apesar das dificuldades em Minas, a Vale, uma empresa internacional, vem tendo bons resultados. Ou seja, não faltam recursos para investir em segurança de barragens.
Segundo o Tribunal de Contas da União, depois do acidente de Mariana, a atual Agência Nacional de Mineração, que fiscaliza o setor, tinha apenas 36 servidores qualificados para monitorar barragens. No Brasil, há 790 barragens de rejeitos da mineração.

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