A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) informou nesta quarta-feira (30) que registrou um novo recorde de demanda de energia elétrica em toda a rede. Segundo a empresa, por volta das 15h de terça-feira (29), a soma da potência de todos os equipamentos elétricos ligados no Estado atingiu 5.243,23 megawatts (MW).
Esta foi a quinta vez, desde o dia 12 de dezembro de 2018, em que o recorde foi quebrado. Antes dessa data, o último limite de demanda tinha sido registrado no mês de fevereiro de 2017.
O valor de terça-feira é 4,3% maior que o último recorde, registrado no dia 17 deste mês, quando a demanda atingiu 5.030 MW. Conforme a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), com a diferença de consumo entre os dois recordes seria possível para abastecer a cidade de Florianópolis durante um dia de inverno.
Na terça-feira, a região Sul, como um todo, também quebrou o recorde de demanda, atingindo 18.555 MW, no período, conforme a Celesc. Dessa forma, só Santa Catarina foi responsável por 28% de todo o volume de energia utilizado naquela tarde.
A empresa atribuiu o consumo excessivo de energia ao calor que atinge as cidades catarinenses. A expectativa é de que um novo recorde seja registrado também nas 24 horas entre terça-feira e esta quarta (29).
Segundo o engenheiro da Celesc Gustavo Cavalcante, o uso de equipamentos de refrigeração, como geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, é o principal fator para aumentar o consumo de energia.
“Uma geladeira precisa ficar ligada mais tempo para manter a temperatura dentro dela” explica.
Bandeira verde
Ainda de acordo com o engenheiro, o consumo excessivo de energia elétrica pode causar aumento nas faturas, nos próximos meses. Isso porque, atualmente, as tarifas estão com a chamada bandeira verde, porque os reservatórios das hidrelétricas que abastecem o país estão com bom nível de estoque de água.
Entretanto, a falta de chuvas pode reduzir o nível das barragens, alterando a bandeira verde para amarela, o que encarece as contas de energia. Caso a situação não se reverta, Cavalcante acredita que pode haver uma mudança tarifária a partir do mês de março.
*Informações Diário Catarinense