quinta-feira, novembro 21, 2024
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Bolsonaro critica Moraes após indiciamento: “Prende sem denúncia, faz pesca probatória”

Ex-presidente afirma que luta jurídica começa na PGR e acusa STF de conduzir investigação de forma “criativa”; Veja o que diz o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o indiciamento

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Bolsonaro quebra o silêncio sobre o indiciamento

O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta quinta-feira (21) após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento no planejamento de um golpe de Estado em 2022. Durante declarações à imprensa, Bolsonaro fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), e ao andamento das investigações.

PF conclui inquérito sobre tentativa de golpe e indicia 37 pessoas; Bolsonaro e outros nomes estão na lista; Confira

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“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, declarou Bolsonaro.


Acusações contra a PF e o STF

Bolsonaro afirmou que o indiciamento não surpreendeu e que irá aguardar os próximos passos de sua defesa. Segundo ele, a luta jurídica efetiva começará na Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

O termo “criatividade” foi uma referência a uma mensagem entre Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, e Eduardo Tagliaferro, que relatava dificuldades para formalizar uma denúncia. Na conversa, Vieira escreveu: “Use a sua criatividade rsrsrs.”


Investigações envolvem aliados e militares

O indiciamento também alcançou nomes próximos a Bolsonaro, incluindo o general Braga Netto, o deputado federal Alexandre Ramagem e o almirante Gariner. Além disso, seis militares foram presos por suspeitas de planejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes.

A Polícia Federal apontou ainda que um dos militares chegou a se aproximar da residência de Moraes com o objetivo de prendê-lo.


Próximos passos do processo

O indiciamento será enviado à PGR para análise. Enquanto isso, Bolsonaro mantém a postura crítica às investigações e nega qualquer participação em supostas ações golpistas.

“Tudo isso faz parte de um plano para me incriminar de forma forçada. Estou tranquilo e confiante na Justiça”, concluiu o ex-presidente.

Veja o que diz o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o indiciamento

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