Uma recente alteração na política de empréstimos consignados oferece agora a possibilidade para que todos os titulares do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do programa Bolsa Família solicitem essa modalidade de crédito. A expansão busca garantir mais opções financeiras para esses beneficiários, particularmente em tempos de adversidades econômicas.
O empréstimo consignado é caracterizado por ter suas parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do requerente. O diferencial é que, graças ao desconto automático e à garantia implícita de pagamento, os juros são geralmente mais baixos em comparação com outros tipos de empréstimos. Essa flexibilização visa proporcionar um respiro financeiro aos beneficiários desses programas, especialmente diante do atual panorama econômico.
Contudo, para obter o empréstimo consignado, os titulares dos programas devem atender a critérios específicos. Ainda que o acesso tenha sido ampliado, é fundamental que os beneficiários estejam cientes de todas as responsabilidades e condições antes de optarem por este serviço.
Um critério fundamental é que o montante do empréstimo não pode exceder uma percentagem pré-determinada do benefício mensal (até 30% da renda com empréstimo pessoal e mais 5% com o cartão de crédito, cartão de benefício ou saque). Essa norma visa assegurar que os beneficiários mantenham controle de suas finanças e não se endividem excessivamente.
É crucial, também, estar atento à taxa de juros proposta, ao período de pagamento e a quaisquer outras taxas ou custos adicionais. A orientação é que os candidatos procurem aconselhamento financeiro e avaliem minuciosamente os termos antes de finalizar qualquer contrato. O empréstimo pode ser dividido em até 84 prestações, equivalente a sete anos. Para o empréstimo pessoal consignado, a taxa máxima é de 1,91% ao mês, enquanto para o cartão é de 2,83% ao mês.
A abertura dos empréstimos consignados para os titulares do BPC e Bolsa Família tem sido vista como uma maneira de democratizar o acesso ao crédito no país. No entanto, há alertas quanto à essencialidade da educação financeira. O fácil acesso ao crédito, se mal administrado, pode conduzir a uma espiral de endividamento.
Há incentivos por parte do governo e de outras instituições para a promoção de campanhas educativas. O objetivo é equipar os beneficiários com informações adequadas, para que tomem decisões financeiras acertadas, evitando armadilhas de dívida.
